sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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Maconha pode aumentar qualidade de vida durante a quimioterapia


A quimioterapia causa perda de apetite nos pacientes principalmente porque afeta o cheiro e o gosto dos alimentos. Ao comer menos, os portadores de câncer acabam sofrendo com a diminuição de peso e com quadros de anorexia.
A maconha, criminalizada em quase todo o mundo no começo do século 20, tem uso medicinal antigo e agora uma nova pesquisa canadense da Universidade de Alberta mostrou que seu uso durante a quimioterapia devolveu aos pacientes o prazer de comer e voltar a sentir o gosto dos alimentos.
O tetrahidrocanabinol (THC), substância presente na maconha, pode melhorar a sensação de gosto e a qualidade do sono em pacientes com câncer que recebam quimioterapia. O trabalho foi divulgado na edição deste mês de uma publicação científica da Sociedade Médica de Oncologia Européia.
O
 estudo piloto foi conduzido entre maio de 2006 e dezembro de 2008, com 21 pacientes adultos, todos eles portadores de algum tipo de câncer em estágio avançado - com exceção de tumores no cérebro. A seleção também deu preferência a pessoas que passaram a se alimentar menos por pelo menos duas semanas, como resultado da doença.
Onze pacientes receberam uma pílula com a substância, a principal responsável pela ação alucinógena das plantas Cannabis. O restante foi medicado com placebos. A pesquisa foi conduzida com a metodologia duplo-cego, na qual os médicos e os pacientes não ficam sabendo quem ingeriu as cápsulas com THC e quem tomou as pílulas falsas.
O tratamento durou 18 dias. Cerca de 73% dos pacientes que receberam THC afirmaram estar mais interessados em comida contra apenas 30% dos que ingeriram placebos. A substância também fez os alimentos parecerem ter um gosto melhor para 55% dos voluntários. Só 10% dos que não foram submetidos aos efeitos do THC relataram a mesma satisfação na hora de comer.
O apetite aumentou em 64% dos medicados com a substância e nenhum deles disse estar com menos fome. Já no grupo do placebo, 50% dos pacientes reclamou da perda da vontade de comer e 20% não notaram nenhuma mudança.
Segundo a médica Wendy Wismer, da universidade canadense, este é o primeiro teste aleatório e controlado a mostrar que o THC aumenta o apetite em pacientes com câncer, além de ajudar no sono e relaxamento. Ela ainda afirma que o trabalho é importante pois não existem, atualmente, tratamentos contra as alterações de sensibilidade provocadas pelas drogas quimioterápicas.
O teste clínico feito pela equipe canadense é de fase 1, com poucos participantes. Novos estudos em humanos - de fase 2 e 3 - são necessários para comprovar a eficiência do THC na melhora do apetite e do sono em pacientes passando por quimioterapia.
José Alencar solicita privacidade para continuar tratamento contra o câncer
O ex-vice-presidente da República, de 79 anos, permanece internado desde o dia 9 no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele teve uma inflamação na região abdominal causada por uma perfuração no intestino e seu estado ainda é considerado grave, mas continua estável.

Na quinta, atendendo a uma solicitação do próprio Alencar, que pediu privacidade, o hospital informou que a divulgação de boletins médicos seria suspensa.
Segundo o oncologista Paulo Hoff, integrante da equipe que acompanha o ex-vice-presidente, ele permanece internado e não há previsão de que tenha alta e retorne para casa. “Ele está estável, mas em uma situação delicada. Ele poderia ir para a casa, mas com uma grande possibilidade de retornar após poucos dias.”
O ex-vice-presidente luta contra o câncer há mais de uma década e já foi submetido a uma série de cirurgias para retirar tumores. Devido a seu estado de saúde, o tratamento contra a doença foi suspenso recentemente.
Com informações do R7

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