quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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Estudo confirma que terapia poderia conter a disseminação do câncer de mama

Cientistas do Institute of Cancer Reserch  - ICR, demonstraram pela primeira vez que o bloqueio de uma enzima pode ser a chave para conter a metástase do câncer de mama para órgãos distantes, de acordo com a pesquisa pré-clínica publicada ontem na revista Cancer Research.
Eles descobriram que a enzima lisil-oxidase 2 (LOXL2) é necessária para que as células tumorais possam escapar da mama e invadir os tecidos circundantes, deslocando-se para órgãos distantes. E demostraram que esta enzima é que regula este processo, controlando a quantidade de moléculas chamadas TIMP1 e MMP9, que, como já era sabido, desempenham papel importante na propagação da doença para outras partes do corpo.
O
 mais interessante é que, por meio de modelos de laboratório, a equipe mostrou que o bloqueio da função da LOXL2 diminuiu a propagação do câncer de mama para o pulmão, fígado e ossos. Esses achados confirmam que uma droga projetada para bloquear a LOXL2 poderia ser usada para tratar mulheres com câncer de mama avançado.
A pesquisadora chefe, Janine Erler, do ICR, diz: "Cerca de 12.000 mulheres morrem de câncer de mama no Reino Unido a cada ano, porque o câncer se espalhou para outras partes do seu corpo. Nosso estudo mostra que inibir a ação da LOXL2 pode reduzir significativamente a propagação do câncer de mama, sugerindo que as drogas que bloqueiam esta enzima podem ser eficazes na prevenção da propagação do câncer dos pacientes.”
A disseminação do câncer é conhecida como metástase. Câncer de mama metastático é um processo de várias etapas complexas que envolvem a expansão de células cancerosas da mama para outras áreas do corpo. Uma vez que as metástases são detectadas em um paciente com câncer de mama, a sobrevida média é inferior a dois anos. Assim, é imperativo desenvolver novas terapias para tratar pacientes com câncer de mama altamente agressivos.

Além disso, a equipe descobriu que a LOXL2 poderá ainda ser usada para prever se um câncer virá a ser agressivo. Usando amostras de tecido de pacientes com câncer de mama, eles mostraram pela primeira vez que altos níveis de LOXL2 estão associados à propagação do câncer."
Isso levanta a possibilidade de que se poderá desenvolver um teste para medir os níveis de LOXL2 e predizer os pacientes que irão desenvolver a doença agressiva. Este conhecimento poderia ajudar os oncologistas clínicos na escolha do tipo de tratamento sob medida para cada paciente.
Atualmente pode-se tratar o câncer de mama que se tenha disseminado, mas não se pode ainda cura-lo. Ao utilizar a LOXL2 para prever qual câncer se espalhará e drogas que bloqueiem a enzima para impedir que isso aconteça, muito mais vidas poderiam ser salvas. Esta investigação laboratorial representa uma grande promessa e a ansiedade é imensa para ver como isso se traduzirá nos pacientes."
Traduzido e condensado de ICR. Leia texto original aqui.
Gene defeituoso responsável pelo câncer de pele também aciona metástase
As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico (úlcera de Marjolin), genodermatoses (xeroderma pigmentosum etc) e principalmente à exposição aos raios ultravioletas do sol.
Câncer de pele é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles que apresentam doenças cutâneas prévias. Indivíduos de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vitimas do câncer de pele. Os negros normalmente têm câncer de pele nas regiões palmares e plantares.

C
ientistas do ICR - Institute of Cancer Reserch descobriram que o câncer de pele pode se espalhar para os pulmões quando um gene em uma importante via de comunicação celular é bloqueado.
O professor Richard Marais e sua equipe mostraram que, em células cancerosas humanas e de camundongos, um gene chamado BRAF - que está danificado em cerca de metade dos casos de câncer de pele - desencadeia uma via de sinalização celular que, finalmente, bloqueia as instruções de um segundo gene conhecido como PDE5A.
Em células saudáveis o PDE5A age como um freio para parar o movimento da célula. Mas nas células cancerosas, o gene BRAF transforma sinais do gene PDE5A de fora, afetando sua capacidade de bloquear a propagação do câncer.
Ao bloquear a atividade de PDE5A, unidades de genes BRAF orientam as células do câncer de pele a invadir os tecidos saudáveis e a se propagarem em todo o corpo, transformando o câncer de pele em uma doença mais agressiva.
A equipe mostrou que, quando defeituoso, ocorre esta mutação no gene BRAF, implicando em genes PDE5A bloqueados, e consequentemente as células de câncer de pele se espalham mais facilmente para os pulmões.
"Esta pesquisa ainda coloca o foco no gene BRAF como um importante alvo na terapia para evitar a propagação do câncer de pele.", disse o Professor Marais.

Traduzido de Institute of Cancer Reserch. Leia texto original aqui.

1 Comentário:

Anitha disse...

Daniel querido, quero crer que você está bem...
Suas postagens são sempre bem-vindas!
Beijo