sábado, 19 de fevereiro de 2011

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Pesquisa sugere que componentes do suco de romã podem evitar que câncer se espalhe

Pesquisadores da Universidade Riverside, da Califórnia, identificaram componentes no suco de romã que podem inibir os movimento de células cancerosas cultivadas em laboratório e a metástase do câncer de próstata.
Os próximos planos dos pesquisadores são fazer testes adicionais em um organismo vivo com câncer de próstata em fase de metástase para determinar se os mesmos componentes que foram eficazes nas células cultivadas em laboratório poderão evitar a metástase sem efeitos colaterais.
A
 descoberta, diz Manuela Martins-Green, uma das pesquisadoras, pode ainda ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.
Quando o câncer de próstata reaparece no paciente depois de tratamentos como cirurgia e/ou radiação, geralmente o próximo passo é a supressão do hormônio masculino testosterona, um tratamento que inibe o crescimento das células cancerosas, pois elas precisam do hormônio para crescer.
Mas, com o tempo, o câncer desenvolve formas de resistir também a esse tratamento, se transforma em um câncer muito agressivo e sua metástase ataca a medula óssea, pulmões, nódulos linfáticos e geralmente resulta na morte do paciente.
O laboratório americano aplicou o suco de romã em células de câncer de próstata cultivadas em laboratório que já eram resistentes à testosterona – quanto mais resistente à testosterona uma célula cancerosa é, maior é sua tendência à metástase.
Os pesquisadores então descobriram que as células tratadas com o suco de romã e que não haviam morrido, mostraram uma maior adesão, o que significa que menos células se separavam, e também queda na movimentação dessas células.
Em seguida os pesquisadores identificaram os grupos ativos de ingredientes no suco de romã que tiveram impacto molecular na adesão das células e na migração de células cancerosas no câncer de próstata já em estado de metástase.
“Depois de identificá-los, agora podemos modificar os componentes inibidores do câncer no suco de romã para melhorar suas funções e fazer com que eles sejam mais eficazes na prevenção da metástase do câncer de próstata, levando a terapias com remédios mais eficazes”, disse Manuela Martins-Green.
Outros tipos de câncer
A pesquisadora afirma que a descoberta pode ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.
“Devido ao fato de os genes e proteínas envolvidos no movimento das células de câncer de próstata serem essencialmente os mesmos que os envolvidos no movimento de células em outros tipos de câncer, os mesmos componentes modificados do suco poderão ter um impacto muito mais amplo no tratamento do câncer”, afirmou.
Manuela Martins-Green explicou ainda que uma proteína importante produzida na medula óssea leva as células cancerosas a se mover para a medula onde elas poderão formar novos tumores.
“Mostramos que o suco de romã inibe a função dessa proteína e, assim, esse suco tem o potencial de evitar a metástase das células do câncer de próstata para a medula”, disse.
Os próximos planos da pesquisadora são fazer testes adicionais em um organismo vivo com câncer de próstata em fase de metástase para determinar se os mesmos componentes que foram eficazes nas células cultivadas em laboratório poderão evitar a metástase sem efeitos colaterais.
Traduzido e condensado de Science Daily. Leia original aqui

1 Comentário:

Ana disse...

Olá. Sou a Ana e vivo em Portugal. Estou a escrever-lhe porque adorei o seu blogue. Tem informação realmente útil, aquilo que eu procuro. Tenho uma dúvida muito grande: As pessoas pobres, ou que não fazem descontos salariais, não têm direito a tratamento oncológico? O meus país pode não ser grande coisa, aliás, nunca se viveu tão mal e com tanta falta de oportunidades, mas, a nível de saúde, apesar de todos os "ses", os doentes oncológicos são bem tratados. Para começar somos isentos,ou seja, não pagamos qualquer taxa moderadora se formos assistidos em qualquer hospital ou centro de saúde, não pagamos exames, análises ou medicamentos. Eu li acerca das mulheres só realizarem mamografia a partir dos 50 anos, aqui vai o meu testemunho: Fui mãe, amamentei, não tenho parentes com cancro e aos 38 anos foi-me diagnosticado cancro de mama e, ainda por cima sou HER2+, ou seja, na forma mais agressiva. Felicidade para a sua luta. Pensamento positivo e força. Eu nunca penso na alternativa, só penso que vou ficar curada!