sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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Droga derivada de uma árvore de folha perene do gênero Maytenus, que cresce em vários continentes, mostra-se eficaz no combate ao câncer

Uma potente droga derivada de uma árvore em breve poderá salvar a vida de alguns pacientes com a forma mais letal de câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA, o câncer de mama ceifará cerca de 40.000 vidas nos EUA este ano. Cientistas da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, em cooperação com cientistas da indústria farmacêutica, descobriram o mecanismo pelo qual esta droga mata células cancerosas, isolando a ação da droga in vitro, bem como nas células cancerosas.

Os resultados das pesquisas, de autoria de uma equipe de investigadores do UCSB, são relatados em dois estudos publicados como matéria de capa da edição de outubro da Molecular Cancer Therapeutics.

Esta droga anticâncer, chamada Maitansina, quando ligada a um anticorpo monoclonal mostrou resultados promissores no início de ensaios clínicos em doentes com câncer de mama metastático. Apesar de a droga ainda não ter sido aprovada pelo FDA, os ensaios clínicos atuais estão abertos para novos pacientes. E a droga está sendo testada, com bons resultados, em outros cânceres, como o mieloma múltiplo e linfoma de célula-B.

Os primeiros estudos clínicos mostram que o fármaco diminuiu os tumores de um terço dos pacientes no estudo do câncer de mama - um bom resultado, de acordo com os autores. Os estudos explicam que a droga funciona alvejando os microtúbulos das células cancerosas. Os microtúbulos são componentes dinâmicos, de rápido crescimento e ajudam as células a se dividir e multiplicar.

Os pesquisadores descobriram como a droga é levada para dentro das células do tumor onde é metabolizada pelas células cancerosas, inibindo a dinâmica dos microtúbulos celulares, bloqueando assim a mitose dos fusos nas células, fazendo com que morram.

A droga já foi considerada perigosa demais para uso, devido à sua toxicidade para células não-cancerosas. No entanto, a equipe foi capaz de demonstrar que a modificação da droga anticâncer, adicionando-se um anticorpo, faz com que a droga alveje apenas células cancerosas, reduzindo sua toxicidade.

A nova droga, quando ligada ao anticorpo do câncer de mama é chamada trastuzumab-DM1. DM1 é um derivado sintético da Maitansina, uma molécula encontrada em uma árvore de folha perene do gênero Maytenus, que cresce em vários continentes.

Para obter mais informações sobre os ensaios clínicos, os pacientes com câncer interessados em participar, consultem: http://www.immunogen.com / wt / home / home.
Traduzido de http://www.sciencedaily.com, com editorial e edição de ilustração pelo autor.

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