domingo, 12 de setembro de 2010

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Pacientes de câncer que pesquisam têm acesso a melhor tratamento

Pacientes de câncer que investigam por conta própria suas opções de tratamento têm três vezes mais chances de se atualizar - e mesmo ter acesso às mais novas drogas e terapias disponíveis - que aqueles que não se dedicam a pesquisas que levem a uma melhor compreensão sobre a sua condição, de acordo com um estudo efetivado pela Dana-Farber Cancer Institute, com a participação de 633 pessoas com tumores colorretais.
Pacientes que procuram informação pela Internet, jornais e revistas têm mais possibilidade, por exemplo, de já terem ouvido falar de “terapias-alvo”, “anticorpos monoclonais” e de drogas modernas como “Rituximab”, vendido como Mabthera, "cetuximab”, vendido como Erbitux, e “bevacizumab”, vendido como Avastin. Mas, dentre estes pacientes, aqueles que buscam uma segunda opinião médica como parte de suas pesquisas são os que mais provavelmente poderão se beneficiar pela prescrição destas drogas e terapias, diz o estudo conduzido em Boston e publicado recentemente.
Mas, como sempre, existem outros aspectos a serem considerados. A FDA, agência que controla a utilização dos fármacos nos EUA, aprovou o uso do Erbitux e do Avastin, em 2004, apenas para os casos de doença avançada, que se tenha espalhado. Estas drogas não curam o câncer, mas controlam o crescimento do tumor, aumentando assim a sobrevida. Uma a cada quatro pessoas que tomam estas drogas nos EUA estão com o câncer em estágio inicial, um uso não aprovado. Os autores apontam que o consumo de drogas off-label é comum no tratamento do câncer no mundo todo.
Os pacientes que procuram novas drogas contra o câncer podem se beneficiar, dizem os autores, mas também podem sofrer os efeitos secundários e colaterais. O Avastin aumenta o risco de derrames, ataques cardíacos e coágulos sanguíneos sérios (vide post anterior). O Erbitux pode causar erupções cutâneas desfigurantes.
A pesquisadora Lisa Schwartz, da Dartmouth Medical School, que não esteve envolvida no estudo, diz que as coberturas de seguro saúde também podem ter afetado a decisão e o acesso dos pacientes que recebem terapias-alvo, as quais custam milhares de dólares por mês.

2 Comentários:

Anônimo disse...

Desde que acabei a quimioterapia e radioterapia para o meu câncer de pulmão alguns meses atrás, tomo chá verde e extrato de óleo de linhaça, e faço exercícios. Quanto mais longe das drogas, melhor. Mas somente o tempo irá dizer. Eu prefiro estes aos medicamentos de alto custo, tais como Tarceva.

Anônimo disse...

Essas drogas seria bom ter ao redor se você tivesse grana. Pessoas morrem o tempo todo, mais cedo, porque os seus planos de saúde não cobrem os custos elevados destas drogas. Nada no mundo como os medicamentos de marca para cortar os pobres da vida.