Doentes
de câncer têm um risco elevado de serem acometidos de tromboembolismo venoso,
devido a uma maior predisposição para a coagulação do sangue hiperativo. O TEV desenvolve-se em até 20 por cento
dos pacientes com câncer e é uma das principais causas de morte nessa população.
Pacientes com doenças hematológicas malignas (câncer no sangue),
particularmente aqueles com linfoma e mieloma múltiplo, têm índices
relativamente altos de TEV.
Em estudo desenvolvido pela Sociedade Americana de
Hematologia, cujos resultados foram publicados ontem
em seu jornal, foi desenvolvido um modelo
para prever as chances de um paciente desenvolver coágulos de sangue. Os
Resultados deste estudo constataram que 7,2 por cento dos casos de linfoma e
7,4 por cento da população total do estudo desenvolveram TEV, em comparação com
uma estimativa de taxa de incidência na população geral de 0,001 por cento.
Como este risco não é
igual em todos os pacientes com câncer e a utilização indiscriminada de anticoagulantes
resulta em um risco maior de complicações hemorrágicas, a classificação dos
pacientes de câncer de acordo com o risco de TEV é de suma importância, segundo
Ingrid Pabinger, MD, professora da Universidade de Medicina de Viena e
principal autora do estudo. Pacientes de alto risco de TEV podem se beneficiar da
trombo profilaxia de rotina, tratamento preventivo contra a coagulação do
sangue, enquanto que os pacientes de baixo risco têm tendência elevada a apresentar
episódios de sangramento e não podem ser os melhores candidatos para o
tratamento de anticoagulação de rotina.
Neste
estudo, os pesquisadores examinaram 819 pacientes com câncer, matriculados no Instituto
do Câncer de Viena, entre outubro de 2003 e dezembro de 2008. Os tipos de
câncer foram: cérebro, mama, pulmão, estômago, colo-retal, pâncreas, rins,
próstata e doenças hematológicas malignas, como mielomas e linfomas. Este novo
modelo pode ajudar os médicos a adequar a terapia anticoagulante e melhorar a
prevenção de coagulação do sangue, que irá maximizar o benefício clínico e a relação
custo-eficácia da prevenção da doença, além de minimizar o risco de
complicações hemorrágicas.
Cogumelo alucinógeno pode diminuir ansiedade em pacientes
com câncer avançado.
Pesquisadores
americanos da Universidade da Califórnia provaram que uma substância encontrada
em cogumelos alucinógenos é capaz de melhorar o nível de humor e reduzir a
ansiedade de pacientes que sofrem de câncer avançado. Eles acompanharam doze
pacientes com idades entre 36 e 58 anos. Todos tinham câncer em estágio
avançado e alguns distúrbios psiquiátricos, como ansiedade. Eles foram testados
em duas situações: em uma, receberam placebo (produto com uma substância “de
mentira”, sem efeito), e, na outra, receberam uma dose moderada de psilocibina.
A pesquisa foi
realizada com 12 pessoas com câncer em estágio avançado. Os voluntários
receberam uma dose de psilocibina ou a vitamina niacina como placebo. Várias
semanas depois, receberam outro tratamento.
A taxa cardíaca, a
pressão arterial e a temperatura dos voluntários foram monitoradas ao longo de
cada tratamento. Os investigadores também verificaram os níveis de depressão,
ansiedade e humor em cada um deles.
Os resultados foram
animadores. Os voluntários afirmaram sentirem-se menos deprimidos e ansiosos
duas semanas após terem recebido a psilocibina, mas não duas semanas depois de
tomar a niacina. Seis meses depois, o nível de depressão foi significativamente
menor em todos os voluntários.
Porém, ainda não se
conhecem possíveis efeitos adversos do cogumelo. Alguns voluntários relataram
estados de consciência ligeiramente alterados após receber a psilocibina, mas
os pesquisadores não notaram efeitos adversos fisiológicos.
Inclusive,
os cientistas sugerem que em doses mais altas os efeitos benéficos da
psilocibina podem se tornar mais pronunciados. Ainda assim, outros testes são
necessários para examinar a segurança e a eficácia do cogumelo.
NewScientist
Procedimentos pouco invasivos para tratar câncer chegam
ao SUS
Para a maioria dos
pacientes diagnosticados com câncer, as cirurgias são inevitáveis. Agora,
imagine se, em vez de passar por um procedimento grande e complexo para tratar
tumores de pequenas proporções, fosse possível realizar uma técnica minimamente
invasiva, como uma punção. A novidade é que isso já é possível. Implantado no
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de
Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, o novo Ambulatório de
Intervenção Guiada por Imagem é uma realidade para pacientes do SUS.
Do total de pacientes
que passaram pelo ambulatório, 62% eram mulheres - das quais 41% tinham câncer
de mama. Além disso, a maioria dos pacientes (49%) tinha idade entre 51 e 69
anos; 31% tinham menos de 51 anos e 18%, mais de 70.
A alternativa permite
que as pessoas permaneçam internadas por menos tempo, recebam anestesia local
em vez da geral e retomem rapidamente as atividades rotineiras, além de obter
os mesmos benefícios terapêuticos apresentados pela cirurgia convencional.
Pioneiro na rede
pública de saúde do País, o setor já realizou, em três meses de funcionamento,
mais de 380 procedimentos por imagem, como biópsias percutâneas, paracenteses,
pleurocenteses, drenagens de coleções abdominais, pélvicas e torácicas,
bloqueios nervosos, neurólises de plexos (controle de dor) e tratamentos
ablativos de tumores.
O
uso desse tipo de procedimento é algo novo em todo o mundo. No Brasil, ele vem
sendo utilizado nos últimos cinco anos. Além de oferecer a técnica como uma
alternativa terapêutica aos pacientes do SUS, o Icesp tem investido na formação
dos profissionais que atuarão na área. Anualmente, são aceitos médicos
residentes no programa de pós-graduação de Intervenção Guiada por Imagem.
2 Comentários:
O antropólogo Carlos Castaneda pesquisou e publicou vários livros sobre os efeitos alucinógenos dos cogumelos mexicanos, que ele mesmo experimentou, como o peyote e outros. O mais famoso talvez seja "A Erva do Diabo".Ele demonstrou que eles produtem estados de consciência alterados. Mas se ajudam estes pacientes a controlarem seus medos e angustias...
Daniel, acompanho seu blog com interesse, pois sei que qualquer novidade no perrengue Câncer,vc está lá capturando e replicando no seu blog. Achei interessante sobre as técnicas menos invasivas, mas conferindo vi que o artigo é suscinto demais. Não nomeiam as técnicas guiadas por imagem. Será uma Core, mamotomia? Que procedimentos são estes? Vou pesquisar nos INCA's (EUA, CANADÁ, REINO UNIDO E FRANÇA, BRASIL). Se descobrir algo mais sólido e fundamentado passe para mim por favor! Abç. Marina
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