Levantamento realizado pelo INCA
apontou 19 tipos de tumores malignos que podem ter relação com as profissões.
Entre eles, o câncer de pele, laringe, fígado, leucemias, câncer de mama e
pulmão. Os principais grupos de agentes
cancerígenos relacionados ao trabalho incluem os metais pesados, agrotóxicos,
solventes orgânicos, formaldeído e poeiras (amianto e sílica). A via de
absorção (respiratória, oral ou cutânea), a duração e a frequência da exposição
aos agentes nocivos influenciam a toxidade, mas esses dois últimos fatores não
são fundamentais para o desencadeamento do processo da carcinogênese.
Levantamento do
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) revela que,
pelo menos, 19 tipos de tumores malignos, entre eles os de pulmão, pele,
fígado, laringe, bexiga e leucemias podem estar relacionados à atividade
profissional e ao ambiente de trabalho do paciente. O dado consta da publicação
“Diretrizes para a Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho”, lançada pelo
instituto, nesta segunda-feira, dia 30. De acordo com as estatísticas, o Brasil
registrará este ano 20 mil novos casos de câncer relacionados à ocupação dos
pacientes. A publicação está disponível no site do INCA pelo endereço www.inca.gov.br.
O levantamento, que
reuniu as últimas pesquisas mundiais sobre câncer relacionado ao trabalho,
revela desde as substâncias mais comuns associadas ao desenvolvimento de
tumores malignos, como o amianto (ou asbesto) - classificadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) como cancerígenas - até produtos aparentemente
inofensivos, como poeiras de madeira e de couro, além de medicamentos, como os
antineoplásicos, por exemplo.
Trabalhadores de
profissões como as de cabeleireiro, piloto de avião, comissário de bordo,
farmacêutico, químico e enfermeiros são mais propensos ao desenvolvimento
desses tumores, justamente pela exposição a estas substâncias.
“Raramente o médico
pergunta ao paciente qual a ocupação dele. É importante que os profissionais da
saúde questionem aos doentes diagnosticados com câncer qual foi a rotina
laboral que exerceram por mais tempo em suas vidas. Só assim será possível
identificar e registrar os casos de câncer relacionados ao trabalho no Sistema
Nacional de Agravos do Ministério da Saúde (Sinan)”, alerta o epidemiologista
Ubirani Otero, responsável pela área de Vigilância do Câncer Relacionado ao
Trabalho e ao Ambiente do INCA.
CONTEXTO - No Brasil, a Previdência Social
concedeu, em 2009, 113.801 benefícios de auxílio-doença por câncer (acidentário
e previdenciário), sendo que apenas 0,66% deste total foram registrados com
base na relação ocupacional do paciente.
O diretor-geral do
INCA, Luiz Antonio Santini, comenta que a publicação traz todo o conteúdo
didático sobre os principais agentes cancerígenos, os tumores malignos por eles
provocados e a associação com algumas ocupações específicas. “Os trabalhadores
precisam de mais informações sobre os riscos no exercício de suas funções,
porque as concentrações de substâncias cancerígenas, geralmente, são maiores
nos ambientes de trabalho quando comparadas a outros locais”, explica. Santini
informa ainda que, de acordo com as estimativas da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), 440 mil pessoas morreram no mundo em decorrência da exposição
às substâncias perigosas. Desse total, 70% foram vítimas de algum tipo de
câncer.
PREVENÇÃO - De acordo com as diretrizes do INCA,
para reduzir o número de tumores malignos relacionados com exposições
ocupacionais, a principal estratégia consiste na eliminação ou redução da
exposição aos agentes causadores. Desse modo, o primeiro passo para prevenir o
câncer deverá ser a identificação de agentes conhecidos por causarem aumento do
risco para a doença. A legislação já prevê alguns instrumentos capazes de
auxiliar nessa identificação, como a ficha de informação de produtos químicos,
a catalogação das empresas com a atividade ou uso de agentes cancerígenos, o
reconhecimento e a avaliação de risco nos ambientes de trabalho, além do
controle da exposição aos fatores de risco.
“A prioridade da prevenção é a remoção da
substância cancerígena do processo das atividades exercidas pelos
trabalhadores. Enquanto isso não acontece, as recomendações alternativas são:
evitar a exposição e gradualmente eliminar o uso desses agentes, restringir o
contato com cancerígenos a determinadas atividades, com a adoção de níveis
mínimos de exposição, associado ao monitoramento ambiental cuidadoso, além da
redução da jornada de trabalho diário”, completa Ubirani.
Da Agência Saúde, ASCOM/MS
Atendimento à imprensa
Assessoria do Inca – (21) 3207-1108
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2 Comentários:
Bom... no caso do linfoma...os medicos dizem nao ter estudos que com abençoe e lhe de saude...provem a causa...a nao ser...me parece o de Malt...entao...nao se sabe como previnir...
Que Deus o proteja e lhe de saude...
Olá, Eliii!
Pelo que sei, a substância injetada no paciente é um análogo da glicose ligada a um elemento radioativo (normalmente Flúor radioativo). As regiões que estão metabolizando (digerindo, absorvendo) essa glicose em excesso, tais como tumores ou regiões do cérebro em intensa atividade aparecerão em vermelho na imagem criada pelo computador.
O PET é minimamente invasivo e as doses de radioatividade absorvidas por cada paciente (7 mSv) são semelhantes às dos outros estudos como a TC (8 mSv).
Em todo caso, consulte um médico. De preferencia um radioterapeuta. Abraços
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