A Etimologia é
a parte da Gramatica que estuda a origem e o significado das palavras através
da análise dos elementos que as constituem. Em outras palavras, é o estudo da
composição dos vocábulos e das regras de sua formação e evolução histórica. A
palavra datilografia, por exemplo: do grego dáktylos,
«dedo» + gráphein, «escrever» +-ia =
“ação de escrever com os dedos”.
Há
muitos anos eu conheci um homenzinho notável que amava a palavra escrita e
desafiava ou parecia ignorar todos estes conceitos para dar lições de vida,
pertinácia e superação. Mas, como parece que estou ficando velho, sentimental e
cheio de recordações – algumas até interessantes, como esta - permitam-me um
pouco de saudosismo de uma época recente, antes de falar brevemente deste homem
que vivia para dar corpo e forma às palavras.
Nunca
frequentei uma escola particular. E, se até o início da década de 70, estudar
numa escola pública, no Brasil, podia ser considerado um privilégio conquistado
por aprovação nos Exames de Admissão ao Ginásio (Língua Portuguesa e
Matemática), estudar no Colégio Estadual Paes de Carvalho, em
Belém, onde eu morava, era um privilégio para poucos, tal o nível de
conhecimentos exigidos dos candidatos que se aventurassem nos duros exames dissertativos
(nada de a-na-bu, bu-bu, pelo ra-bo do ta-tú) aplicados pelo
estabelecimento fundado em 1841, hoje o segundo colégio
mais antigo em funcionamento no Brasil, depois apenas do Pedro II, do Rio.
O
velho e imponente casarão da Praça da Bandeira mantém ainda hoje algumas
características de outrora, como as escadarias separadas, uma para alunos,
outra para alunas e uma terceira só para professores e funcionários. Mas
os chamados “acordos de cooperação” MEC-USAID, que mudaram as bases e
empobreceram o orçamento do então excelente ensino público do País,
transferindo para o capital e para os empresários a responsabilidade da
educação do cidadão brasileiro, minaram o que a escola tinha de melhor na sua
finalidade, ou seja, a excelência de seu ensino, motivo de seu orgulho
institucional.
Hoje, professores e alunos vivem de
esmolas nas escolas públicas e as particlulares, com raras excessões, fingem
que ensinam enquanto auferem lucros astronômicos...
Dentre as inúmeras e enriquecedoras
experiências vividas nesse ambiente de descobertas, uma, em especial, me tem
recorrido à memória reiteradamente nesta fase de minha vida, como algo exemplar
e emblemático da capacidade humana de superação e de valorização da existência
diante de certas surpresas que a vida guarda pra gente.
As
gincanas promovidas pelo Centro Cívico eram realizadas no mês de junho na
escola, e procurávamos a cada ano sempre apoiar de alguma forma o esforço das
instituições filantrópicas de amparo ao idoso, aos órfãos, aos enfermos, carentes.
Naquele
ano, eu e minha equipe tínhamos recebido, entre outras, a tarefa de recolher
donativos para um asilo de portadores da enfermidade conhecida como Mal de
Hansen, Lepra, Hanseníase, Morfeia, ou Mal de Lázaro, que é uma doença
antiquíssima, infecciosa, contagiosa, há anos perfeitamente curável em seus
estágios iniciais, causada pela bactéria conhecida
como bacilo-de-hansen, que afeta os nervos,
a pele e pode
provocar incapacidade e deformidades. Nessa época costumava-se ainda isolar
estes enfermos internando-os em asilos para tratamento em locais distantes das
cidades, onde estariam sujeitos a todo tipo de constrangimento e discriminação.
A
colônia ficava a cerca de 20 km da cidade e ocupava uma área equivalente a de
um campo de futebol. Uma barreira de Jambeiros plantados em linha reta impedia
que suas instalações fossem vistas facilmente da estrada.
Havíamos
chegado logo no inicio da tarde, tínhamos acabado de descarregar o caminhão de
donativos e preparávamo-nos para partir, quando alguém veio nos avisar que a
diretora do leprosário gostaria de nos receber antes de sairmos.
A
diretora era uma médica infectologista alta e magra, de seus 55, 60 anos de
idade, que falava com se estivesse com a boca cheia de bolinhas de gude e com
um leve acento italiano, que nos recebeu sorridente em sua pequena sala, onde
um daqueles retratos oficiais do então Presidente Garrastazu Médici, emoldurado
e pendurado por detrás de sua escrivaninha, mirava o observador casual com um
olhar frio e distante, quase cruel. Responsável pela Instituição há quase oito
anos, como revelou, orgulhava-se de ter implantado o que chamava de “uma gestão
conjunta”. Gabava-se de ter melhorado as condições de vida dos internos no
leprosário e de ter desenvolvido programas de ressocialização com os pacientes
curados. E, pela eloquência com que falava de sua rotina e pelo entusiasmo quase
infantil que o brilho de seus olhinhos vivazes e saltitantes revelava, podia-se
perceber a dedicação e o amor que tinha por seu trabalho.
Depois
de alguns minutos conversando sobre o funcionamento do local, dentro dos quais
ela providenciou para que fossemos servidos de refrigerantes, acompanhados por
uma bela lata de Biscoitos Aymoré, fomos interrompidos por um leve toque
na porta.
–
Sim? - Perguntou a diretora, e pelo vão da porta entreaberta surgiu a cabeça
grisalha de um homem moreno, de seus quarenta e poucos anos, que perguntou se
podia entrar. Autorizado, o homem, franzino, dirigiu-nos um olhar de
curiosidade seguido de algo que me pareceu um breve sorriso, pediu licença,
discretamente, e caminhou até onde a médica estava sentada. Pude então observar
em seu rosto as marcas inconfundíveis da doença. Viera avisar que os ofícios
estavam prontos, aguardando pela assinatura da diretora, e perguntar se ela
gostaria que ele os trouxesse. Ela disse-lhe que esperasse, pois havia ainda um
documento a ser datilografado. Ele assentiu com a cabeça, agradeceu, voltou-se
em direção à porta para deixar o aposento, e mal consegui disfarçar o susto
quando notei que ele não tinha um único dedo nas mãos! Nas duas! Nem um coto
residual, só as palmas!
O
homem saiu da sala deixando atrás de si um silencio embaraçador, logo quebrado
pelas palavras lentas e calculadas da médica: - A lepra não faz os dedos caírem
– explicou professoral - mas, como ela atinge a pele e os nervos periféricos, o
enfermo vai ter como que uma anestesia nas mãos e nos pés, o que o torna muito
vulnerável. E assim ele estará exposto a sofrer uma lesão mais grave, como uma
queimadura, não vai sentir dor, não vai cuidar e o machucado pode infeccionar,
gangrenar e precisar ser amputado – concluiu.
Era
evidente que ela tinha percebido a perturbação provocada em nosso espírito pelo
inesperado da situação. Afinal, o mais velho do grupo tinha apenas dezesseis
anos e ainda não tinha vivido o suficiente para enxergar determinadas
realidades tão de perto. Eu sentia a boca seca e tomei mais um gole de Grapette.
Em seguida, como se lhe tivesse ocorrido uma grande ideia, a médica levantou-se,
resoluta, pegou uma folha de manuscrito de cima de sua escrivaninha e, enquanto
se dirigia à porta, convidou:
-
Sigam-me, rapazes. Gostaria que vissem uma coisa muito especial, algo que
guardarão para o resto da vida.
A saleta abafada da secretaria, ao lado, estava ocupada apenas pelo homem que acabáramos de ver. Estava sentado atrás de uma pequena escrivaninha, debaixo de um ventilador de teto preguiçoso e barulhento. Sobre a mesinha de cedro havia uma daquelas máquinas de datilografar Olivetti, metálicas, imensas, que hoje são peças de museu, com uma pilha de papeis datilografados à esquerda e outra de papeis em branco, à direita, sob pesos de papel em réplicas baratas de cerâmica marajoara. Na ponta da mesa um radinho de pilha tocava My sweet Lord e o homem se apressou em baixar o volume quando entramos. Ele trajava uma calça vincada azul-marinho bem surrada, de tergal, e camisa de algodão imaculadamente branca, bem passada a ferro, com uma caneta Bic no bolso. Havia descalçado os sapatos e estava com os pés, sem meias, em contato com as tábuas do assoalho. Chamou-me a atenção o bigode grisalho, à Clarck Gable, e me peguei imaginando como ele o mantinha tão meticulosamente aparado.
A
médica estendeu-lhe o manuscrito que trazia: - Por gentileza, Renato. Só falta
esse para podermos logo assinar e despachar todos de uma vez.
O homem tomou a folha de papel entre as mãos postas e a colocou do lado esquerdo da
escrivaninha. Com uma habilidade inimaginável umedeceu em uma esponja a palma
da mão direita e fez deslizar para cima da esquerda uma folha de papel em
branco e, com as mãos postas e a folha entre elas, inseriu-a na máquina e depois
girou o cilindro para prendê-la e ajusta-la, sempre trabalhando com o que lhe
restara das duas mãos, juntas. Observei que ele tinha duas tiras de um elástico
preto e grosso ajustadas em volta de cada mão. Em seguida, de uma lapiseira
engenhosamente fabricada com duas cápsulas deflagradas, de modo que cada peça
ocupasse seu próprio furo, ele inseriu rapidamente, entre os elásticos e a
própria pele, um toco de lápis no dorso de cada mão e começou a datilografar o
documento.
Eu estava perplexo. Isso tudo aconteceu em menos de um minuto. Olhei para o lado e vi que um de meus colegas fitava com os olhos arregalados o homenzinho que datilografava, e, com a boca escancarada... babava! Cutuquei-o com o cotovelo e ele se recompôs.
–
Pronto, doutora! É pra colocar a data de hoje? – Perguntou o fantástico
datilografo.
-
Sim, perfeito! - exclamou a mulher após a leitura silenciosa dos documentos
datilografados, e os assinou. Eu não me contive e perguntei:
-
Onde aprendeu datilografia? Em uma escola ou por conta própria?
- Eu
era tipógrafo e trabalhei dos 14 aos 36 anos em uma gráfica grande em Belém.
Comecei com o sistema antigo, onde o texto era composto letra por letra, um
trabalhão! Nessa época éramos ao todo 12 tipógrafos pra poder dar conta do
serviço. Depois que compraram o tal do linotipo, eles me mandaram
estudar datilografia pra poder trabalhar no teclado da máquina de chumbo
quente.
Chumbo
quente? Linotipo? Eu estava ainda mais curioso! Há muito eu apreciava o
cheiriho das tintas de impressão dos gibis e livros novos e me fascinava a
forma do texto composto, a diagramação, todas aquelas páginas, as margens
certinhas, o espaçamento exato entre as linhas. Estava encantado com a
oportunidade de finalmente conhecer alguém que tivesse participado desse mundo
que me parecia mágico, e perguntei: - Linotipo?
-
Sim - ele disse. – É uma máquina que faz o trabalho de dois homens no sistema
antigo. O linotipista vai datilografando em um teclado que ela tem, as letras
são impressas em linhas inteiras sobre chumbo derretido a 270ºC e depois vão
pra composição. – Nessa altura ele ficou olhando através da janela, o olhar
fixo em um ponto distante e depois comentou: - Eu já estava doente sabe lá há
quanto tempo, sem saber. Eu queimava as mãos, mas não sentia nenhuma dor e
quando comecei a perder os dedos, perdi o emprego também.
Soubemos
depois, pela diretora, que ele nunca tivera sua Carteira de Trabalho assinada
por seus empregadores da gráfica, que lhe viraram as costas quando mais
precisara de apoio. Nunca recebera sequer uma única visita de parentes ou
amigos. Estava curado há alguns anos e preferira continuar morando no asilo,
onde passara a trabalhar como secretário da direção e casara-se há pouco mais
de um ano com uma das pacientes, também curada.
Sua
esposa portava orgulhosamente no dedo a aliança que ele lhe dera. A dele, a
aliança com o bom e o belo da vida ele nunca perdera e a carregava sempre na
alma. E quando alguém lhe perguntava se ele era feliz, respondia: - Muito.
Muito mais do que mereço!
Ilustração do Googleimages
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11 Comentários:
Que história... Ao terminar de ler, fiquei arrepiada. De verdade! Obrigada por dividir esse exemplo com a gente! E não some! :) Beijos!
Que bela história! Sabe minha mãe também teve hanseniase e se tratou por um grande período e ficou curada, não teve deformações. Mas é uma doença com um estigma assim como o câncer, não podíamos falar para ninguém que ela tinha e isso a pedido da médica do SUS. Agora não sei se é assim isso foi em 1988 e minha mãe acabou falecendo de câncer de bexiga. A vida e seus inusitados, mas o que vale é lutar e não desistir, afinal vale muito a pena viver não é? Um grande abraço! Obrigada por compartilhar um pouco de sua história!
Linda historia como tudo que escrever e divide conosco, fiquei feliz em ve-lo postar de novo, mais ainda de não ve-lo economizar...
Recebi o guaraná, mais do que ele, recebi seu carinho e de Sandra, foi uma alegria muito grande, ler um bilhete seu, sentir parte de vc tão perto de mim querido amigo que tanto amo... beijos saudosos e desculpe a demora em responder, pós quimio eu fico mesmo assim, caladona...
Meu querido,
É sempre uam surpresa boa ver você por aqui, postar algum texto...
Esse me tocou de forma particular. Seu mérito! Você sabe usar as palavras com sabedoria, sensibilidade e profundidade!
Continue a nos encantar...
Esteja bem! Cuide-se! Volte logo!
Beijo
Bom...desculpe se estou sendo inconveniente, mas não consegui entender qual tipo de linfoma vc teve...sei que foi o Não-Hodgkin...mas qual o tipo?
Vc esta em remissao a quanto tempo?
Se nao estou sendo indelicada gostaria de saber...estou na fase de perguntar as pessoas que passaram por isso como foi o tratamento,ja passei da fase de tentar entender a doença e quais os melhores medicos...ficaria agradecida se vc quiser responder e nao lhe incomodar...
Obrigada
Olá amigo Daniel!! Como você está?
Saudades!
Como sempre você sempre brilhando por aqui com seus post.
Beijos da Sol
Saiba que é uma honra pra mim ter vc participando do blog, Frida. Suas indagações são absolutamente pertinentes, pois vejo que está em tratamento de um linfoma e quer ter parâmetros, não é mesmo?
Este meu blog data do início de outubro de 2009, qdo fui diagnosticado, por acaso, durante uma ultrassonografia de rotina, e para que vc saiba toda a evolução desta história teria que consultar os arquivos do blog desde 12/10/2009.
Para lhe poupar desta tarefa, vou tentar resumir:
Após o "achado", como eles dizem, dias depois tive que passar, no Hospital do Câncer (FCECON) por uma laparostomia exploratória, que é uma cirurgia onde eles abrem o abdômen desde a altura do externo até a região pélvica para retirar amostra para biopsia. Foi encontrada uma "massa" tumoral medindo 7,3 cm por 4,0 cm no mesentério.
O material extraído foi enviado a S. Paulo para exame histopatológico, que, após cerca de 20 dias, emitiu um laudo dizendo tratar-se de linfoma não-Hodgkin indolente de pequenas células B.
De posse deste laudo, das informações dimensionais obtidas na laparoscopia e no exame clínico posterior feito pelo hematologista, conclui-se que se tratava de um tumor primário, grau II, localizado no mesentério.
Passei por 6 ciclos do protocolo R-chop no HEMOAM e como resultado restou uma massa residual de cerca de 3,0 cm que até agora, graças a Deus, permanece inerte, sem atividade, como um nódulo residual apenas. Apenas em janeiro de 2011 o médico declarou que eu estava em remissão e desde lá faço exames de controle, primeiro mensais e atualmente semestrais. Já fiz 2 PET, o último há duas semanas e a consulta para análise deste exame foi agora, segunda feira. Aparentemente, tudo bem.
Vou escrever algumas informações sobre isto ainda esta semana e postar.
Achei interessante a forma objetiva como fez suas perguntas e, se não consegui te explicar direito, por favor, não hesite em se manifestar de novo. Terei o maior prazer em tentar esclarecer. E continue participando com seus comentários e sugestões
E vc, como está? Como transcorre seu tratamento? Estou na torcida para que supere logo isso sem muitos transtornos e para que retome logo o curso normal de sua vida.
Visito de vez em qdo seu blog. Espero ter boas notícias suas em breve.
Grande abraço, cheio de votos de saúde e alegria no coração.
Bom Daniel,vc contando sua historia me senti na liberdade de contar um pouco da minha e assim vc entender e poder lhe perguntar um pouco mais, ja que o que esta (usando a palavra certa) me "desesperando" agora é saber sobre o tratamento...na verdade nao sou eu, mas uma pessoa que vive comigo e que a partir do momento e do choque da descoberta, de alguma forma bloqueou o cerebro (nao sei se acontece com todos) a ponto de custar a guardar o nome da doença, de nao conseguir entender direito nada que os medicos falam, de nao querer pesquisar o assunto e delegou tudo em minhas maos, assim como uma criança que se entrega nas maos do cuidador (embora correu atras de fazer direito todos os exames, mas no que se refere ao assunto da doença em si, parece haver um bloqueio)...
E assim tem sido... coube a mim tomar decisoes desde o estudo sobre o assunto, a procura e a troca de medicos e agora o tratamento...visto que consultando os dois melhores medicos...um daqui da regiao e outro em SP... um dos melhores do mundo, um estudioso do tipo especifico de linfoma de que ele é portador... houve de certa forma discordancia sobre o tratamento, embora o Dr Chiattone diz que a medica daqui nao esta errada, mas ele agiria diferente...
Assim como vc ele descobriu por acaso em uma tomografia...vc diz que o seu é indolente...mas é o folicular? (aqui começam as perguntas, e me desculpe mais uma vez se estou a lhe incomodar,peço-lhe que caso nao queira responder as perguntas se sinta a vontade para nao responde-las)...
O dele é folicular grau I...ja esta na parte de cima e embaixo do abdome, na parte de cima é de milimetros, o maior esta embaixo...
Bom...depois de um trabalho exaustivo apos a descoberta da doença e de tentar anima-lo dizendo que tinha cura e que muitas pessoas se trataram e conseguiram e etc... veio a bomba... o dele é o incuravel... nao sabia mais como agir, principalmente depois de em uma consulta ele ouvir isso da medica e reponder: Mas...os outros podem se tratar e viver e eu mesmo enfrentando um tratamento doloroso...so posso morrer?...a dor de ver a dor do outro é muito grande... e tenho convivido com isso diariamente... tenho medo de falhar ao ajuda-lo... de dois meses para ca( foi quando descobrimos) e começou a profusao de exames, medicos e biopsias... as vezes nao consigo raciocinar direito... nao consigo pensar... mas acho que deva ser normal... toda a familia adoece... agora meu maior medo é o tratamento... pelo que andei lendo e é ai que gostaria de confirmar com vc... tudo em volta tem que ser extremamente limpo... que a roupa de cama e a escova de dentes tem de ser trocada de tres em tres dias... a toalha diariamente... so se pode comer alimentos feito na hora e cozidos... nao pode comer frutas e nem sucos e nem nada cru... por causa da baixa imunidade... isso esta me assustando... tenho medo de nao dar conta e de ser a culpada se algo acontecer...
Bom... na verdade fiz um depoimento e nao uma resposta...mas as perguntas sao:
Seu caso é o folicular? se sim... eles te disseram a mesma coisa sobre a medicina hj nao ter como cura-lo? pq me dizem em remissao...mas com recidiva...
Pra vc tbm (caso o seu seja o folicular...nao sei se é pra todos os indolentes) usaram a conduta Watch & Wait? e por quanto tempo?
E a quimioterapia? o medico de SP é a favor do protocolo R-chop que é mais agressivo e a daqui do CVP para "guardar as armas" mais pesadas para mais tarde...te falaram alguma coisa sobre a diferença desses dois protocolos?
E a quimioterapia é isso mesmo? quanto a limpeza e efeitos colaterais tipo feridas na boca...foi o que Dr Chiattone disse poder acontecer...
Bom... se vc puder responder o que aconteceu com vc em relaçao a essas perguntas ou me esclarecer de alguma coisa que eu nao tenha perguntado... agradeceria muito...
Obrigada Daniel...que Deus te abençoe com saude e paz...
Sem dúvida, uma grande lição de vida! Texto muito bem escrito, como sempre! Bjs
Obrigado, amigos
Obrigado, amigos
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