quinta-feira, 4 de março de 2010

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Linfoma já é a quinta causa de morte por câncer no Brasil.

FCA49
Tratamento eficaz contra doença ainda não está disponível na rede pública.

“O linfoma já é a quinta causa de morte de pacientes oncológicos, atrás apenas do câncer de próstata, mama e tubo digestivo. Hoje, chama a atenção o fato de os usuários da rede pública de saúde não terem acesso ao medicamento de anticorpos monoclonais, que aumenta mais de 60% a chance de cura”, explica o Dr. Carlos Chiattone.

Segundo o Dr. Chiattone, os anticorpos monoclonais combatem as células cancerosas preservando as sadias. “Estes medicamentos não são disponibilizados pelo SUS, a população em geral é submetida à quimioterapia convencional que não dá os mesmos resultados”.

Enquanto para outros tipos de câncer há vários esforços para a obtenção do diagnóstico precoce, para o linfoma não há nenhuma ação neste sentido por parte das autoridades governamentais. “A grande maioria da população não conhece os sintomas da doença. Apesar de altamente curável, a demora no diagnóstico ou o tratamento incorreto provoca um grande número de mortes. Para se ter uma idéia, de cada 60 mil novos casos, três mil vão a óbito”, finaliza o presidente.

Classificação geral dos linfomas

Em geral, o linfoma pode ser classificado em duas categorias, Hodgkin e Não-Hodgking. Estimativas de pesquisa feita pelo Institituto Nacional do Câncer (INCA),revelam que em 2009, o linfoma de Hodgkin terá incidência aproximada de 1.600 em homens e 1.270 em mulheres. Já o Não-Hodgkin será aproximadamente 4.900 casos nos homens e 4.200 casos em mulheres, mais que o dobro do primeiro tipo.

Linfoma de Hodgkin – ocorre em 10% a 20% dos doentes, normalmente crianças, sendo mais comum no sexo masculino (numa proporção de aproximadamente três para dois). O índice de cura da doença é de, em média, 75%, em pacientes com o tratamento inicial. Pode surgir em qualquer parte do corpo e o sintoma inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas).

Linfomas não-Hodgkin – correspondem cerca de 60% do problema na infância (entre 5 e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos, que são cinco vezes mais freqüentes do que os da doença de Hodgkin. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).
Fonte: Carlos Chiattone – Médico hematologista, presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e professor de Hematologia da Santa Casa SP.

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