Dores intensas,
cansaço constante, infecções recorrentes, insônia, desânimo, distúrbios
gastrointestinais, ansiedade, depressão, baixa imunidade e incapacidade de
executar as tarefas mais básicas do dia a dia. Esses são alguns dos sintomas
que caracterizam a síndrome da fadiga crônica (SFC), distúrbio que atinge
milhares de pessoas no mundo. Subestimada pelos médicos, a doença incapacita
seus portadores e leva a uma perda acentuada de qualidade de vida.
Diagnosticada frequentemente mais em mulheres do que em homens, na maioria das vezes, a doença se instala depois de um resfriado, gripe, sinusite ou outro processo infeccioso. Por razões desconhecidas, entretanto, a infecção vai embora, mas ficam os sintomas de indisposição, fadiga e fraqueza muscular que melhoram, mas periodicamente voltam, em períodos que podem ter duração de alguns meses ou anos.
Diagnosticada frequentemente mais em mulheres do que em homens, na maioria das vezes, a doença se instala depois de um resfriado, gripe, sinusite ou outro processo infeccioso. Por razões desconhecidas, entretanto, a infecção vai embora, mas ficam os sintomas de indisposição, fadiga e fraqueza muscular que melhoram, mas periodicamente voltam, em períodos que podem ter duração de alguns meses ou anos.
Um estudo conduzido
sobre adultos norte-americanos com síndrome de fadiga crônica (SFC, na
sigla original) revelou uma relação entre o problema e a ocorrência de linfoma
não-Hodgkin. O risco de desenvolver este câncer na população estudada foi 29%
superior que no ano anterior, segundo os resultados publicados na revista
“Câncer”.
"Existe um
mecanismo biológico potencial que explicaria a relação", disse o autor
principal do estudo, doutor Eric A. Engels, do Instituto Nacional do Câncer, em
Bethesda, Maryland. "Observamos algumas associações com outros cânceres,
mas esses resultados não foram muito consistentes", acrescentou.
A equipe de Engels
utilizou a base de dados do instituto, chamada Vigilância, Epidemiologia e Resultados (SEER, na sigla original). O
estudo incluiu 1,2 milhões de casos de câncer diagnosticados entre 1992 e 2005 e
mais 100.000 "controles" que residem nas áreas do SEER.
0,5% dos pacientes com
câncer e 0,5% do grupo de controle tinham SFC. A relação entre o risco de desenvolver
linfoma não-Hodgkin (LNH) e SFC foi considerada estatisticamente significativa.
Dois subtipos de LNH,
o Linfoma Difuso de Grandes Células B e o Linfoma de Zona Marginal também apareceram
significativamente associados ao SFC.
Os demais tipos de câncer
associados ao SFC foram os de pâncreas, rins, mama, cavidade oral e faringe. Ressalve-se
que estas associações não se mostraram significativas após a realização de múltiplas
comparações.
Para Engels, a relação
entre o LNH e o SFC é biologicamente viável porque a síndrome é mais comum em pessoas
com alterações imunológicas.
"Essas pessoas teriam um sistema imunológico cronicamente hiper-reativo e não poderiam combater as infecções normalmente. E assim é possível que, com o tempo, esta disfunção provoque linfomas", explicou.
"Essas pessoas teriam um sistema imunológico cronicamente hiper-reativo e não poderiam combater as infecções normalmente. E assim é possível que, com o tempo, esta disfunção provoque linfomas", explicou.
O especialista
recomendou também que os pacientes com SFC não se preocupem com estes
resultados.
“O risco não é alto o
suficiente para colocar as pessoas com fadiga crônica em outra categoria
clínica”. O melhor, provavelmente, seja tranquiliza-los dizendo-lhes que o
risco não é alarmantemente alto.
1 Comentário:
Esse mundo em que vivemos, o stress, nossa alimentação, acho que tudo colabora para ter aumentado tanto os casos de câncer. Mas que bom que também sempre há novas descobertas que vem em encontro a cura! Um abraço!
Postar um comentário