sábado, 30 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
7
Rapaz com câncer cerebral será cobaia de novo remédio
Britânico
de 21 anos ficou desesperado ao receber diagnóstico, há 2 meses, e agora está
disposto a testar produto experimental. Calum Elliot, de 21 anos, será
medicado com uma droga ainda em fase experimental chamada IMA950 e acredita que
o seu tratamento poderá ajudar outros pacientes com câncer, como o garotinho da
foto, Alessandro, que conheci no Hemoam, aqui em Manaus.
Ele será o primeiro paciente a testar o este novo
medicamento contra o câncer no cérebro. Descobriu a doença há dois meses e
receberá a droga, ainda em fase experimental e indicada para pessoas
diagnosticadas há pouco tempo com Glioblastoma
Multiforme, a forma
mais agressiva desse tipo de tumor.
Elliot contou à imprensa que antes de ter o câncer
diagnosticado passou um ano e meio tratando epilepsia, imaginem. Devido ao
insucesso dos medicamentos, foi submetido a novos exames que diagnosticaram o
glioblastoma. O remédio, que será administrado na forma de injeções, ajuda o
corpo a se recuperar e treina o sistema imunológico para reconhecer e destruir
as células malignas.
Segundo o chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Inca (Instituto Nacional do Câncer),
Daniel Herchenhorn, o glioblastoma, embora mais comum em adultos de mais idade,
pode atingir jovens e evoluir rápido. “O diagnóstico é quase uma surpresa e o
paciente costuma ter quadros de dor de cabeça, paralisia, crise convulsiva e
perda de força muscular”.
Para Allan James, oncologista que trata o
britânico, a droga não pode ser considerada a cura, mas um avanço no tratamento
deste câncer, que envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia, e ainda assim
é de difícil solução. O câncer no cérebro não é muito comum, e o número de
óbitos é proporcional à baixa incidência. De acordo com o Inca, no Rio, de 2003
a 2007, a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes foi 3,78 mulheres e 4,06
homens.
Edição de ilustração pelo autor. Condensado de http://odia.terra.com.br
Vacina extende sobrevida de pacientes de
Gliobastoma Múltiforme em testes clínicos de fase II
Uma
vacina que desperta o sistema imunológico para combater as células com a mutação
genética que determina a forma mais agressiva de Glioblastoma
Multiforme mostrou-se eficaz em ensaio
clínico de fase II, aumentando a sobrevida dos pacientes desse tipo de tumor
cerebral, segundo pesquisadores da Duke
University e da University of Texas MD Anderson Cancer Center.
Dezoito pacientes
recém-diagnosticados que foram vacinados após o tratamento padrão - cirurgia
seguida de radioterapia e quimioterapia - tiveram sobrevida mediana de 26 meses
contra 15 meses para os 17 pacientes que receberam tratamento padrão em um
grupo de controle. Atualmente, a sobrevida média para pacientes recentemente
diagnosticados com glioblastoma multiforme é de 14,6 meses.
Pacientes
vacinados também experimentaram um longo período antes do agravamento da
doença, 14,2 meses, comparado com 6,3 meses para o grupo controle. Os efeitos
colaterais foram limitados principalmente à irritação no local da injeção.
No entanto, a
dimensão limitada da amostra (número de pacientes envolvidos no estudo) requer
interpretação cuidadosa destes resultados. O próximo passo para a vacina,
chamada de CDX-110, é um grande Ensaio Clínico de Fase III, que está em fase de
planejamento.
Os pesquisadores consideram
a introdução de vacinas no tratamento do glioblastoma como mais uma maneira de
converter os tumores mais letais da doença em doenças crônicas, tratáveis a
longo prazo. A evolução do tratamento nos últimos anos, incluindo a aprovação
da quimioterapia com temozolomida,
têm aumentado a sobrevida esperada de cerca de sete meses a 14 anos.
Traduzido e
condensado de cancernews, com editorial
e edição de ilustração pelo autor. Leia matéria original aqui.
A luta do pequeno Alessandro
A luta do pequeno Alessandro
Ele é um desses garotinhos arredios no primeiro
contato. Quase não fala, ainda, mas agita. Depois vai se soltando, soltando, aos
poucos, abrindo aquele sorriso inocente que só as crianças sabem e, depois de
alguns minutos, já éramos como velhos amigos, apesar dele ter apenas 2 anos de
idade. Nós nos conhecemos na semana passada, no Hemoam, enquanto esperávamos
nossa vez de fazer a quimioterapia.
Quem o vê de longe, brincando e correndo como
qualquer criança custa a acreditar nas dificuldades que ele já superou em tão
pouco tempo de vida. Há 8 meses, com pouco mais de 1 ano de idade, Alessandro
passou por uma cirurgia para extirpar um tumor cerebral que acabou
comprometendo seu olho direito, e agora faz sessões de quimioterapia. Ele
estava acompanhado de sua mãe, que nos contou sua incrível história.
Só nos resta torcer para que as novas drogas como
estas que estão sendo testadas revelem sua efetividade e venham a ser aprovadas
o mais breve possível pelos órgãos de controle, e que os custos não sejam
proibitivos.
De qualquer maneira o pequeno Alessandro já é um
vencedor!
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daniel
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
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Natal na terra do Repente e do Cordel
Não é por acaso que o Estado do Ceará recebe milhões de
turistas por ano, de todos os cantos do mundo. Praias ensolaradas e paisagens encantadoras, gastronomia exuberante, povo acolhedor, artesanato interessante, ritmos sensuais...a lista é imensa.
Estamos com as passagens
compradas. Este ano Sandrinha e eu decidimos passar o Natal com os pais dela em
Crateús, uma cidadezinha tranqüila e ensolarada do Sertão cearense, no Nordeste
brasileiro, onde eles nasceram, cresceram, construíram uma bela história de
vida e onde quase todo mundo se trata pelo primeiro nome. Andar com os dois
pelas ruas é testemunhar um interminável festival de efusivos cumprimentos e
saudações. Todos se conhecem.
Ele, hoje aposentado, foi o
dentista de metade da população. Dona Djanira e Dr. Antônio vivem praticamente como viviam em meados do século passado, mas com as comodidades do
mundo atual. Seguem uma rotina tranqüila, saudável, flexível e eletiva,
quebrada apenas pelas efemérides municipais, pelas eventuais visitas dos filhos e netos ou quando
simplesmente decidem quebrá-la, prá variar. Desfrutam de uma qualidade de vida
muito superior a da maioria daqueles que migram para a capital em busca de “ser alguém na
vida”, diplomas, destaque, certificados, cargos públicos e, paradoxalmente,
acabam se perdendo no anonimato estressante e massificador das grandes cidades.
Mas cearense é assim mesmo,
andarilho. Não se enrola nem perde a parada. Arretado e avesso a formalismos fuleiros
traz no consciente coletivo certa mania de grandeza que ele mesmo é o
primeiro a satirizar. E ele tem muito do que se orgulhar. Chegam a ser
proverbiais o bom-humor e a presença de espírito na cultura riquíssima desse
povo alegre e gozador mesmo diante das adversidades.
Em Crateús até as obrigações
as mais banais têm outro brilho. Ir ao barbeiro, por exemplo. Cortar o cabelo
nunca foi algo propriamente agradável pra mim. Faz parte da rotina dos tais
cuidados estéticos básicos masculinos, coisa que recuperei depois da fase careca do
período da quimioterapia. E foi lá em Crateús, em março, que voltei a
freqüentar o barbeiro. O incrível, o único, o inimitável, o inigualável, o
insuspeitável, ELE, simplesmente - “Deusin”.
Pode até parecer exagero,
mas estou deixando o cabelo crescer desde minha última viagem a Rondônia, em
setembro. Não vejo a hora, imaginem, de chegar dezembro para poder sentar de novo na
velha poltrona de barbeiro do “Deusin”, caba
danado de bom e velho profissional da tesoura da cidade (nos dois
sentidos:real e figurado) e me entregar ao prazer lúdico de ficar só escutando
os causos, a crônica espirituosa dos fatos (que ele “aumenta, mas não inventa”) e dos
personagens populares do cotidiano em Crateús, que ele retrata com um entusiasmo quase
infantil e no mais genuíno dialeto cearês.
Uma verdadeira viagem pelo imaginário nordestino.
E tudo recheado com aquelas deliciosas
expressões burlescas tipo Vaudeville (termo adulterado do francês, “voix de
ville”, voz da cidade) que só a despojada alma cearense cria,
fabula e
pronuncia corretamente, como “mano
véi”(velho
amigo), “vixe!”, “pimbada”, “xoxota”, “gota
serena”, “fuleiro”, “caba”, “macho”, “abestado”, “arretado”, “danado de bom”, “mijar”, “nos
trinques”, “baitola”, “botar boneco” (ser inconveniente), “numsivexe” (não se apresse) e por aí
vai, prá citar só aquelas que estou lembrando agora.
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daniel
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terça-feira, 26 de outubro de 2010
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Centenas de minúsculas estruturas semelhantes a tubos, chamados microtúbulos, compõem a máquina que as células usam para separar os cromossomos. O SFN, como os agentes anticâncer mais potentes, interfere com o funcionamento dos microtúbulos durante a mitose de uma forma similar à das drogas anticâncer mais poderosas. No entanto, o SFN é muito mais fraco do que estas outras drogas à base de plantas e, portanto, muito menos tóxico.
De que forma certos produtos hortícolas combatem o câncer
Desculpem
se insisto no assunto, mas a coisa é importante. Embora se saiba há algum tempo
que comer vegetais crucíferos, como
brócolis, couve-flor e repolho podem ajudar a prevenir câncer de mama, o mecanismo
pelo qual as substâncias ativas nestes vegetais inibem a proliferação celular
era desconhecida - até agora. Os cientistas nos laboratórios da UC Santa Barbara mostraram como o poder
de cura desses vegetais trabalha a nível celular. O princípio ativo, sulforafano, pode ser um agente eficaz de prevenção do
câncer, pois inibe a proliferação e mata as células pré-cancerosas. Também é
possível que ele possa ser usado como uma adição ao taxol e a outras drogas
similares para aumentar a eficácia do tratamento, sem aumento da toxicidade. A
pesquisa está publicada na edição deste mês da revista Carcinogênese.
O câncer de mama,
segunda principal causa de morte por câncer em mulheres, pode ser combatido pelo
consumo de vegetais crucíferos, como couve e parentes próximos do repolho, como
brócolis e couve-flor, afirmam os pesquisadores. Esses vegetais contêm
compostos chamados isotiocianatos,
que acredita-se serem responsáveis pelas atividades de prevenção do câncer e
anti-cancerígenas nesses vegetais. Brócolis e brotos de brócolis têm a maior
quantidade de isotiocianatos.
O trabalho enfoca
a atividade anti-câncer de um desses compostos, denominado sulforafano, ou SFN.
Sua eficácia foi demonstrada na redução e
na taxa de incidência de tumores mamários quimicamente induzidos em animais, inibindo
o crescimento de culturas de células humanas de câncer de mama, levando à morte
celular.
O SFN, ou
sulforafano, impede a proliferação de células tumorais humanas por um mecanismo
similar à maneira como as drogas anticâncer taxol e vincristina inibem a
divisão celular durante a mitose,
processo no qual o DNA duplicado na forma de cromossomos é exatamente
distribuído para as duas células-filhas, quando uma célula se divide.
Centenas de minúsculas estruturas semelhantes a tubos, chamados microtúbulos, compõem a máquina que as células usam para separar os cromossomos. O SFN, como os agentes anticâncer mais potentes, interfere com o funcionamento dos microtúbulos durante a mitose de uma forma similar à das drogas anticâncer mais poderosas. No entanto, o SFN é muito mais fraco do que estas outras drogas à base de plantas e, portanto, muito menos tóxico.
Traduzido e
condensado de sciencedaily, com
editorial e edição de ilustração pelo autor. Leia o texto original aqui.
Matérias
relacionadas:
Kim Novak diagnosticada com câncer de mama
A veterana atriz de Hollywood foi
diagnosticada com câncer de mama, mas os médicos dizem que ela tem boas chances
de recuperação, segundo informou seu agente Sue Cameron ao site da revista
Hollywood Repórter.
A belíssima e sexy atriz dos anos 60, hoje com 77 anos, que estrelou mais de
trinta filmes e protagonizou o clássico do genial diretor Alfred Hitchcock,
"Vertigo" (“Um corpo que cai”) ao lado de James Stewart, detectou o
câncer no início, durante uma mamografia de rotina, e está fazendo tratamento.
Seus médicos dizem que ela tem uma
fantástica forma física e deve se recuperar muito bem.
Kim, que hoje vive com seu marido no
Oregon, onde cria cavalos e lhamas, fez uma rara aparição em Hollywood em julho
passado para lançar uma coleção de DVDs com seus trabalhos no cinema.
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daniel
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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Descoberta pode ajudar cientistas a aumentar o poder do brócolis contra o câncer
Pesquisadores da
Universidade de Illinois constataram pela primeira vez que o sulforafano, o
poderoso fitoquímico anticâncer presente no brócolis, pode ser liberado a partir do
seu composto original por bactérias na parte inferior do intestino e absorvido
pelo organismo. Apesar de os cientistas
já terem teorizado sobre a possibilidade de que a microbiota intestinal poderia executar
este truque, ninguém sabia ao certo. A descoberta levanta a possibilidade de
que seremos capazes de aumentar a atividade dessas bactérias no cólon,
aumentando o poder do brócolis de atuar na prevenção do câncer. Muitas pessoas cozinham
demais o brócolis e, sem querer, destroem a enzima vegetal que nos dá o sulforafano.
A descoberta foi
feita utilizando ratos na experiência. A análise do sangue após injeções de
extrato de brócolis no intestino das cobaias demonstrou que a microbiota presente
no trato digestivo dos animais é capaz de produzir o sulforafano, na parte
inferior do intestino, e disponibilizá-lo para absorção no organismo. O ceco, parte
inferior do intestino do rato em que os cientistas inocularam o extrato, é o
local onde ficam as bactérias que ajudam na digestão e no metabolismo, à
semelhança do que ocorre no cólon humano.
De acordo com os
pesquisadores, o sulforafano é um agente extremamente potente contra o câncer e
a quantidade que você ingere em 3-5
porções por semana é suficiente para produzir um efeito protetor. Como muitos
dos outros alimentos bioativos, grandes quantidades são necessárias para um
resultado mensurável.
O sulforafano também
tem propriedades anti-inflamatórias, que são interessantes para os cientistas
por sua capacidade de combater os efeitos de muitas doenças crônicas que
acompanham a obesidade e o envelhecimento.
Os pesquisadores
sugerem duas formas de manipular as bactérias no cólon para potencializar sua produção
de sulforafano. Uma forma seria alimentá-las com prebióticos, aditivos
nutricionais como fibras, para incentivar a sua proliferação. Outra forma seria
a utilização de uma abordagem probiótica -. combinando, por exemplo, brócolis
com molho de iogurte, que contém as bactérias com função funcional benéfica ao
organismo e efeito sobre o equilíbrio bacteriano intestinal, aumentando, dessa
forma, sua proteção contra o câncer.
Nós, seres humanos, temos
uma relação simbiótica com inúmeros micróbios que metabolizam vitaminas e
outros componentes bioativos dos alimentos. Agora podemos ver outro exemplo
interessante da sua atividade com o papel que desempenham na prestação de
sulforafano de brócolis.
O estudo é a
reportagem de capa da edição de novembro de 2010 da nova revista Food &
Function. A pesquisa foi financiada pelo USDA.
Traduzido e condensado de sciencedaily, com edição de
ilustração pelo autor. Leia o texto original aqui.
Deliciosa receita
de espaguete integral com brócolis e sementes de mostarda.
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daniel
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domingo, 24 de outubro de 2010
2
Parabéns Manaus!
Manaus completa hoje 341
anos. Depois de semanas de estiagem, logo cedo começou a chover intensamente,
com fortes ventos. O dia ficou agradável, com um ventinho que não costuma dar o
ar de sua graça. Parece até que os Deuses das lendas amazônicas, do Jurupari,
das cosmogonias fantásticas da cultura dos índios Dessana resolveram marcar
esta data banhando a cidade e limpando o véu atmosférico, há meses manchado
pela fumaça encardida das queimadas criminosas, ou, no mínimo, inconscientes.
Afinal seu nome, Manaus,
significa “Mãe dos Deuses”, em homenagem à nação indígena dos Manaós, que habitavam o sítio onde hoje
se localiza a cidade, fundada em 1669 com o Forte de São José do Rio Negro.
Ficou mundialmente conhecida no princípio do século XIX, início do ciclo da
borracha.
Sexta cidade mais rica do
País, segunda maior região metropolitana da região Norte e a 12ª do Brasil, somente após a criação da Zona Franca de Manaus, hoje o maior centro financeiro da região, em 1967, voltou a experimentar o surto de desenvolvimento do início do século passado, o que a habilitou para ser uma
das sedes da Copa do Mundo de 2014.
sábado, 23 de outubro de 2010
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Reposição hormonal: novo estudo confirma que aumenta risco de câncer de mama.
Um tratamento de
reposição hormonal já conhecido por aumentar o risco de câncer de mama também
está associado com o desenvolvimento de tumores mais agressivos. A pesquisa
envolveu o medicamento Prempro, que contém estrogênios equinos conjugados e é parente
sintético do hormônio progesterona.
Nos últimos anos, as
mulheres têm sido instadas a minimizar o uso de hormônios na menopausa, e os
novos dados reforçam essa recomendação, segundo o principal autor da pesquisa, publicada
hoje na Revista da Associação Médica Americana.
A nova informação vem
do acompanhamento contínuo de 12.788 mulheres que estavam no Women's Health
Iniciative, um grande estudo financiado pelo governo americano que comparou as
mulheres que tomavam hormônios e um grupo que recebeu placebo. O estudo foi
interrompido em 2002, três anos antes do previsto, porque os pesquisadores
descobriram que os hormônios causavam um aumento pequeno, mas significativo, no
risco de câncer de mama, doenças cardíacas, derrames e coágulos nos pulmões.
Esse estudo de 2002
teve um impacto enorme. Antes havia a crença generalizada de que os hormônios
reduziriam o risco de doenças cardíacas nas mulheres e poderiam mantê-las
atraentes e saudáveis. Na época, 6 milhões de americanas estavam tomando
hormônios, mas rapidamente o número caiu pela metade. O índice de câncer de mama
também começou a diminuir logo depois, e muitos pesquisadores atribuem essa
redução à queda no consumo de hormônios.
O novo relatório
aumentou a média de acompanhamento para 11 anos a partir do original, de 5,6
anos. Este é o primeiro relatório do Women's Health Iniciative que inclui as
taxas de mortalidade por câncer de mama relacionados ao uso de hormônios na
menopausa. Como o estudo anterior já havia mostrado, mulheres que tomam
hormônios são mais propensas a desenvolver câncer de mama invasivo. A taxa da
doença foi de 0,42% ao ano, em comparação com 0,34% no grupo placebo.
Entre as mulheres com
câncer de mama, aquelas que tomaram hormônios estavam mais propensas a ter
câncer nos gânglios linfáticos, um sinal de doença mais avançada: 23,7% contra
16,2% no grupo do placebo. E entre as mulheres que usaram hormônios ocorreram
mais mortes: 0,03% ao ano, ante 0,01% no grupo placebo. Isso se traduz em 2,6
mortes para cada 10 mil mulheres por ano, entre aquelas que usaram hormônios, o
dobro do 1,3 óbito por 10 mil no grupo do placebo. Entre as mulheres que
tiveram câncer de mama, as pacientes que tomaram hormônios também tiveram uma
maior taxa de morte por outras causas.
Não se sabe ao certo
por que as mulheres que tomaram hormônios tinham tumores mais avançados. Mas a
pesquisa anterior mostrou que o tratamento hormonal pode causar atrasos no
diagnóstico por aumentar a densidade da mama, dificultando a visualização em
mamografias.
Outra
autora do novo estudo, JoAnn E. Manson, professora de medicina na Escola de Medicina
de Harvard e do Brigham and Women's Hospital, disse que as mulheres não devem
tomar os hormônios a menos que realmente precisem deles, para sintomas
moderados a graves, que afetam muito sua qualidade de vida.
Condensado de http://www.clicrbs.com.br , com edição de
ilustração pelo autor
Pacientes
de câncer de mama em SP poderão ter óvulos conservados gratuitamente para usar
após tratamento.
A Secretaria estadual de Saúde de São Paulo
divulgou o lançamento de um programa para congelar óvulos de mulheres com
câncer de mama. O objetivo é preservar a fertilidade das pacientes que
enfrentam quimioterapia.
O hospital estadual Pérola Byington, na região
central da capital, vai oferecer o tratamento, estimado em R$ 8 mil, de forma
gratuita e para mulheres até 35 anos. É necessário que a interessada não esteja
com a doença em estágio avançado.
A retirada dos óvulos acontece entre a cirurgia de
mama e o início das sessões de quimioterapia. O ovário é estimulado e o
material é colhido para serem usados no futuro, caso o órgão vá à falência após
o tratamento contra o câncer.
Segundo Luiz Henrique Gebrim, diretor do hospital,
até 60% das pacientes tratadas com os remédios anticâncer podem ficar
inférteis, dependendo da idade, da dose e do tipo de quimioterápico usado.
"A quimioterapia destrói a população de folículos primordiais, levando à
menopausa precoce", afirma o médico mastologista.
Para entrar no programa, a mulher precisa ser
recomendada pelo médico especialista. Sobre o cadastramento, é possível buscar
informações pelo telefone (11) 3104-2785.
http://g1.globo.com
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daniel
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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Os pesquisadores concluíram que homens com níveis de PSA acima de 2 ng / ml aos 60 anos de idade devem ser considerados com risco aumentado de câncer de próstata agressivo e devem continuar a ser examinados com regularidade.
Traduzido de Memorial Sloan Kettering Cancer Center (September 14, 2010), com ilustração editada pelo autor.
Exame de sangue prevê com exatidão risco de morte por câncer de próstata com até 25 anos de antecedência
Um exame de sangue aos 60 anos pode prever com
precisão o risco de que um homem possa vir a morrer de câncer de próstata nos
próximos 25 anos, de acordo com os pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, e Universidade
de Lund , na Suécia. Os resultados, publicados hoje no British Medical Journal, podem ter implicações importantes para
determinar quais os homens deveriam ser examinados após 60 anos de idade e que
não podem se beneficiar substancialmente do rastreio para a prevenção do câncer
de próstata.
O estudo analisou amostras de sangue de 1.167
homens nascidos em 1921, coletadas entre 1981 e 1982 como parte do Projeto
Preventivo Malmö, na Suécia. Todos os homens foram cuidadosamente seguidos, até
atingir os 85 anos ou tenha morrido.
Depois de estudar diversos biomarcadores, os pesquisadores descobriram que o
nível de PSA foi um preditor de risco de alta precisão a longo prazo. O teste
de PSA tem sido recomendado para a detecção precoce do câncer de próstata há
muitos anos, porém estes novos dados sugerem que um valor basal de PSA pode
determinar quem deve ou não continuar a ser rastreado visando a prevenção do câncer de próstata.
Os pesquisadores concluíram que homens com níveis de PSA acima de 2 ng / ml aos 60 anos de idade devem ser considerados com risco aumentado de câncer de próstata agressivo e devem continuar a ser examinados com regularidade.
Os homens com um nível de PSA abaixo de 1 ng /
ml indicaram uma chance de 0,2 por cento de morte por câncer de próstata. Os
pesquisadores concluíram que homens com níveis de PSA nesta faixa devem ser
considerados de baixo risco de morte por câncer de próstata e não precisam ser monitorados
no futuro. O estudo também indicou que alguns homens considerados de baixo
risco podem, na verdade vir a ter câncer de próstata, porém, não é susceptível
de causar sintomas ou encurtar a sua vida.
Traduzido de Memorial Sloan Kettering Cancer Center (September 14, 2010), com ilustração editada pelo autor.
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daniel
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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Um lugar incomum, Pará-disíaco em São Domingos do Capim
Tenho consciência de que
pertenço a esse grupo de pessoas ranhetas que se vão tornando cada vez mais
exigentes em relação a lugares e companhias, à medida que o tempo vai passando.
Neste sentido concordo com o filósofo romano Sêneca quando diz que a vida
divide-se em três períodos: o que foi,
o que é, e o que será. E, destes, o que vivemos é breve,
o que havemos de viver, duvidoso e, o que já vivemos, certo. O tempo presente é
brevíssimo, amigos. Então por que não procurar aproveitá-lo da melhor maneira
possível?
Já ouvi muito se dizer que o
que importa, mesmo, é a companhia, o “papo”. O lugar e a ocasião seriam, então,
nesta ótica, “secundários”. Concordo, em parte. Nada melhor que uma boa
companhia. Afinal, quando o “papo” e a camaradagem fluem até esquecemos do
lugar onde estamos e o tempo parece voar. Mas se esse lugar comum (não resisti ao trocadilho) fosse totalmente verdadeiro,
não existiria o prazer da variação, da descoberta, do novo, da empatia, da identificação
com um local que escolhemos livremente dentro das limitações de um determinado
contexto sócio-cultural para se ser,
estar.
E não é por acaso que na língua
francesa e em todos os idiomas germânicos modernos não há diferença entre
"ser"
e “estar”. Segundo este chavão, o
mundo então não haveria de ser este lugar maravilhoso e multifacetado.
Campo-Cidade,
Praia-Montanha, Megalópole-Província, Mar-Rio, Dancing-Pub, Tropical-Temperado,
Barzinho-Fundo-de-Quintal....E não são dicotomias; apenas opções. Eu diria até que
nada melhor que uma boa companhia para se desfrutar de locais e ocasiões
singulares, agradáveis, que têm a ver com a gente e com a ambiência natural e
cultural.
Para nós, que vivemos em uma cidade abafada onde vigoram temperaturas
médias anuais de 35-37 graus, o vento que sopra nos lugares à beira-mar nas
cidades litorâneas representa um prazer quase sensual. Mas nas minhas raras
viagens de férias, de lazer, procuro fruir deste prazer fugindo dos lugares comuns, perfunctórios, caça-níqueis,
descaracterizados, daqueles lugares que você encontra aos montes espalhados
pelo mundo, sem o mínimo de colorido local.
Nessa minha breve estadia em
Belém-do-Pará tive o privilegio, a convite de um amigo, de passar dois dias com
amigos e parentes em um desses lugares fantásticos, singulares, onde o trabalho
do homem e a natureza Amazônica perfeitamente preservada se uniram, no
município de São Domingos do Capim, às margens do rio Capim, a 130 km de Belém,
cerca de 2 horas por estrada.
Imaginem um paraíso de lagos
de águas cristalinas onde os peixes estão pedindo para serem fisgados e uma
floresta exuberante, povoada com inúmeras espécies frutíferas nativas,
inclusive esta maravilha que é o açaí, que colhemos e preparamos com a
participação dos experts da fazenda.
No mais a alegria, a "cerpinha" bem gelada, a boa comida do Pará, o bom "papo", a camaradagem e o prazer de compartilhar com gente querida.
Um passeio e um lugar pra ficar na memória. Um lugar Incomum.
Créditos das fotos:
Sandrinha: fotos 6, 10, 11, 12 e 14;
Berenice:: fotos 1, 2, 5 e 8;
Eu: fotos 3, 4, 7, 9, 13, 15.
Edição de ilustração: Sandrinha
Créditos das fotos:
Sandrinha: fotos 6, 10, 11, 12 e 14;
Berenice:: fotos 1, 2, 5 e 8;
Eu: fotos 3, 4, 7, 9, 13, 15.
Edição de ilustração: Sandrinha
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terça-feira, 19 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
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Droga derivada de uma árvore de folha perene do gênero Maytenus, que cresce em vários continentes, mostra-se eficaz no combate ao câncer
Uma potente droga derivada de uma árvore em breve poderá
salvar a vida de alguns pacientes com a forma mais letal de câncer de mama. De
acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA, o câncer de mama ceifará
cerca de 40.000 vidas nos EUA este ano. Cientistas da Universidade da
Califórnia em Santa Bárbara, em cooperação com cientistas da indústria
farmacêutica, descobriram o mecanismo pelo qual esta droga mata células
cancerosas, isolando a ação da droga in
vitro, bem como nas células cancerosas.
Os
resultados das pesquisas, de autoria de uma equipe de investigadores do UCSB, são
relatados em dois estudos publicados como matéria de capa da edição de outubro
da Molecular Cancer Therapeutics.
Esta
droga anticâncer, chamada Maitansina, quando ligada a um anticorpo monoclonal
mostrou resultados promissores no início de ensaios clínicos em doentes com câncer
de mama metastático. Apesar de a droga ainda não ter sido aprovada pelo FDA, os
ensaios clínicos atuais estão abertos para novos pacientes. E a droga está
sendo testada, com bons resultados, em outros cânceres, como o mieloma múltiplo
e linfoma de célula-B.
Os
primeiros estudos clínicos mostram que o fármaco diminuiu os tumores de um
terço dos pacientes no estudo do câncer de mama - um bom resultado, de acordo
com os autores. Os estudos explicam que a droga funciona alvejando os microtúbulos das células cancerosas. Os
microtúbulos são componentes dinâmicos, de rápido crescimento e ajudam as
células a se dividir e multiplicar.
Os
pesquisadores descobriram como a droga é levada para dentro das células do
tumor onde é metabolizada pelas células cancerosas, inibindo a dinâmica dos
microtúbulos celulares, bloqueando assim a mitose dos fusos nas células,
fazendo com que morram.
A
droga já foi considerada perigosa demais para uso, devido à sua toxicidade para
células não-cancerosas. No entanto, a equipe foi capaz de demonstrar que a
modificação da droga anticâncer, adicionando-se um anticorpo, faz com que a
droga alveje apenas células cancerosas, reduzindo sua toxicidade.
A
nova droga, quando ligada ao anticorpo do câncer de mama é chamada
trastuzumab-DM1. DM1 é um derivado sintético da Maitansina, uma molécula
encontrada em uma árvore de folha perene do gênero Maytenus, que cresce em
vários continentes.
Para
obter mais informações sobre os ensaios clínicos, os pacientes com câncer
interessados em participar, consultem: http://www.immunogen.com / wt / home /
home.
Traduzido
de http://www.sciencedaily.com, com
editorial e edição de ilustração pelo autor.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
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Em desenvolvimento teste de urina para detectar risco de câncer de próstata
O câncer de próstata matou cerca de 258.000 homens em
todo o mundo em 2008 e é a segunda causa mais comum de morte por câncer nos
Estados Unidos. No Reino Unido, cerca de 35.000 homens são diagnosticados com a
condição e cerca de 10.000 morrem da doença. Uma proteína presente na urina
pode ser um forte indicador de risco de câncer de próstata, de acordo com
cientistas britânicos. Segundo eles, a descoberta pode ajudar a desenvolver um
teste simples e rápido para detectar a doença no futuro.
Cientistas
do Cancer Research UK Cambridge Research
Institute e do ICR (Institute of
Cancer Research) disseram que a proteína chamada microseminoprotein-beta ou
MSMB, é encontrada em níveis reduzidos em homens diagnosticados com a doença e
ainda são mais baixas em homens com formas mais agressivas do câncer.
A
proteína é
fácil detectar, pois ela é encontrada na urina. Potencialmente, seria um teste
muito simples para identificar homens com maior risco de desenvolver a doença. Os
pesquisadores esperam que os resultados possam ser convertidos em um teste para
uso médico em cerca de cinco anos, e esperam que a descoberta também ajude a
determinar quais pacientes têm tumores mais agressivos.
Os
testes mais eficazes disponíveis atualmente são baseados em um único
biomarcador chamado PSA (antígeno prostático específico). Mas esse teste é
problemático, pois tem baixa especificidade, o que gera altas taxas de falsos
positivos e pode levar a tratamentos cirúrgico e radioterápico desnecessários.
"No
momento, o teste do PSA é a melhor maneira que temos para detectar o câncer de
próstata, mas existem limitações importantes, por isso há uma necessidade
urgente de encontrar novos biomarcadores, como a MSMB, que poderiam ser
utilizados na triagem e diagnóstico", disse Rosalind Eeles do ICR e do
Royal Marsden Hospital, que também trabalhou no estudo.
A
proteína - que regula a morte das células da próstata - é produzida por células
normais da próstata. Os cientistas analisaram tecidos e amostras de urina de
cerca de 350 homens, com e sem câncer de próstata, para testar os níveis da
MSMB.
Os
resultados, publicados no "PLos" (Public
Library of Science), mostraram que a MSMB encontra-se em níveis
significativamente mais baixos na urina de homens diagnosticados com câncer de
próstata em comparação àqueles sem a doença. Eles também mostraram que os
homens com tumores agressivos estavam sujeitos a ter níveis mais baixos de
proteína na urina.
Um
teste de urina preciso e confiável para o câncer de próstata seria uma
ferramenta valiosa, se for provado ser bem sucedido em grande escala.
Postado por
daniel
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