Uma potente droga derivada de uma árvore em breve poderá
salvar a vida de alguns pacientes com a forma mais letal de câncer de mama. De
acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA, o câncer de mama ceifará
cerca de 40.000 vidas nos EUA este ano. Cientistas da Universidade da
Califórnia em Santa Bárbara, em cooperação com cientistas da indústria
farmacêutica, descobriram o mecanismo pelo qual esta droga mata células
cancerosas, isolando a ação da droga in
vitro, bem como nas células cancerosas.
Os
resultados das pesquisas, de autoria de uma equipe de investigadores do UCSB, são
relatados em dois estudos publicados como matéria de capa da edição de outubro
da Molecular Cancer Therapeutics.
Esta
droga anticâncer, chamada Maitansina, quando ligada a um anticorpo monoclonal
mostrou resultados promissores no início de ensaios clínicos em doentes com câncer
de mama metastático. Apesar de a droga ainda não ter sido aprovada pelo FDA, os
ensaios clínicos atuais estão abertos para novos pacientes. E a droga está
sendo testada, com bons resultados, em outros cânceres, como o mieloma múltiplo
e linfoma de célula-B.
Os
primeiros estudos clínicos mostram que o fármaco diminuiu os tumores de um
terço dos pacientes no estudo do câncer de mama - um bom resultado, de acordo
com os autores. Os estudos explicam que a droga funciona alvejando os microtúbulos das células cancerosas. Os
microtúbulos são componentes dinâmicos, de rápido crescimento e ajudam as
células a se dividir e multiplicar.
Os
pesquisadores descobriram como a droga é levada para dentro das células do
tumor onde é metabolizada pelas células cancerosas, inibindo a dinâmica dos
microtúbulos celulares, bloqueando assim a mitose dos fusos nas células,
fazendo com que morram.
A
droga já foi considerada perigosa demais para uso, devido à sua toxicidade para
células não-cancerosas. No entanto, a equipe foi capaz de demonstrar que a
modificação da droga anticâncer, adicionando-se um anticorpo, faz com que a
droga alveje apenas células cancerosas, reduzindo sua toxicidade.
A
nova droga, quando ligada ao anticorpo do câncer de mama é chamada
trastuzumab-DM1. DM1 é um derivado sintético da Maitansina, uma molécula
encontrada em uma árvore de folha perene do gênero Maytenus, que cresce em
vários continentes.
Para
obter mais informações sobre os ensaios clínicos, os pacientes com câncer
interessados em participar, consultem: http://www.immunogen.com / wt / home /
home.
Traduzido
de http://www.sciencedaily.com, com
editorial e edição de ilustração pelo autor.
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