No Brasil existe até o Dia do Café, que
é comemorado em 21 de abril, mas podemos e devemos tomá-lo sempre,
pois, para nós, todo dia é dia de café.
Esta antiga e deliciosa bebida de origem
árabe que rapidamente se espalhou pelo mundo ocidental, em algumas culturas
mais sofisticadas chega a fazer parte do ritual de uma boa refeição, depois da
sobremesa e antes dos licores digestivos. Desenvolvi com meu pai uma imensa paixão
pelo café e meu dia só começa, de verdade, depois que o barulhinho da cafeteirinha italiana de fogão e o aroma inconfundível me despertam. Temos excelentes cafés no
Brasil, principalmente na região Sudeste, onde o consumo, como na Europa, é
muito apreciado, desenvolvido com a chegada dos italianos para trabalhar na
cafeicultura. Eu, desde que me entendo por gente, tomo de 4 a 5 xícaras de café
por dia.
Exatamente o oposto do que ocorre na região Norte, onde existe certo preconceito em relação ao consumo de café entre a maioria dos
povos da Amazônia. Por aqui, a maioria das pessoas se limita a apenas uma
xícara no “café da manhã”, tão açucarado e “fraco” que costuma ficar intragável
pra quem gosta mesmo da bebida. E, por ironia, foi aqui pela região Norte que o
café foi introduzido no Brasil, por um português, Francisco de Melo Palheta, o
sargento-mor da Capitania do Grão Pará, no começo de 1720. Ele trouxe algumas mudas de café de
Caiena, capital da Guiana Francesa, país fronteiriço, plantou-as em suas terras e
distribuiu mudas e sementes entre amigos e parentes.
Agora, um estudo com mais de 500.000
europeus mostrou que quem toma chá e café tem menos chance de desenvolver o
tumor cerebral maligno mais comum em adultos. Os pesquisadores constataram que
aqueles que bebiam muitas xícaras de café ou de chá por dia tinham um risco de
câncer cerebral 30% menor do que os que não consumiam nenhuma das duas bebidas.
Esse tipo de câncer, chamado glioma, corresponde a cerca de 80% dos
tumores cerebrais em adultos.
As causas do câncer no cerébro são pouco conhecidas, e os cientistas
acreditam que a associação entre o risco e o consumo das bebidas pode dar
pistas para a descoberta dos fatores que levam à doença.
O estudo, publicado no American
Journal of Clinical Nutrition, foi elaborado a partir de uma grande
pesquisa sobre fatores de risco para o câncer feita em dez países europeus, com
pessoas entre 25 e 70 anos.
Os participantes preencheram um formulário completo sobre hábitos
alimentares. Ao analisar os dados, os pesquisadores constataram que aqueles que
bebiam muitas doses de café ou chá por dia tinham um risco de câncer cerebral
30% menor do que os do que não consumiam nenhuma das duas bebidas.
Fatores como idade, tabagismo e histórico familiar foram considerados,
para não influírem no resultado. Segundo os pesquisadores, é biologicamente
plausível que café e chá diminuam o risco de tumores malignos no cérebro.
Em um estudo de laboratório recente, por exemplo, a cafeína mostrou-se
capaz de reduzir o crescimento de um tipo de tumor chamado glioblastoma. Além
disso, café e chá contêm antioxidantes, que ajudam a proteger as células dos
danos causados pelo câncer e outras doenças.
http://www.expressomt.com.br , editorial e edição
de ilustração pelo autor
1 Comentário:
Como diz o ditado: "Filha de peixe, peixinho é'". Também aprendi a apreciar um bom café, adoro...de manhã não tem melhor para despertar, depois do almoço então, hum...Bjs
Postar um comentário