Cientistas da Universidade
de Illinois,
que estabeleceram uma relação entre o consumo de tomate com o risco reduzido de
desenvolver o câncer de próstata, desenvolveram uma ferramenta que irá
ajudá-los a traçar o metabolismo no corpo humano dos carotenóides presentes na
fruta.
Os cientistas
acreditam que os carotenóides -
pigmentos que dão as cores vermelha, amarela e laranja a algumas frutas e
verduras – são os responsáveis pelos benefícios na prevenção do câncer de
próstata proporcionados pelos tomates, mas não sabem exatamente como isso
acontece.
Para tentar
entender este processo, os investigadores pretendem utilizar a marcação
isotópica de três carotenóides do tomate com átomos mais pesados de carbono,
que são comumente encontrados na natureza, o que permitirá o rastreamento da
absorção dos componentes do tomate pelo metabolismo do corpo.
Os pesquisadores
destacam duas questões a serem respondidas. Primeira: os carotenóides são eles
mesmos bioativos, ou os seus produtos metabólicos ou oxidativos é que seriam os
responsáveis pelos benefícios? Segunda: o licopeno é o responsável isolado pelos
benefícios do tomate, ou outros carotenóides seriam também importantes?
Estudos precedentes
com animais têm mostrado que o tomate em pó inteiro, que contém todos os
componentes nutricionais da fruta, é mais eficaz contra o câncer de próstata do
que o licopeno isoladamente.
"O licopeno,
que dá ao fruto a sua cor vermelha, tem recebido muita atenção - é o mesmo
anunciado como ingrediente em suplementos multivitamínicos. Mas dois outros carotenóides
incolores e pouco conhecidos, o fitoeno
e o fitoflueno, provavelmente também
oferecem beneficios", disse Nancy Engelmann, que ajudou a desenvolver o
novo método. Engelmann aprendeu a otimizar a quantidade de carotenóides em
culturas de células de tomate, tratando variedades de culturas da fruta com
dois bloqueadores de enzimas de plantas.
As moléculas de
carbono pesado são incorporadas aos carotenóides em culturas de células de
tomate. O resultado é que os pesquisadores serão capazes de monitorar a
atividade metabólica do licopeno, fitoeno e fitoflueno no corpo humano e verificar
seus metabolitos.
Para os
pesquisadores, este é um trabalho que deve nos mover em frente na luta contra o
câncer de próstata.
1 Comentário:
Olá Daniel
Parabéns pelo blog! Suas postagens são de muita informação. Continuo te seguindo! Abraço e saúde.
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