O
Ministério da Saúde informou hoje (23) que vai incorporar o medicamento
Trastuzumabe, conhecido comercialmente como Herceptin, utilizado no combate ao câncer
de mama , ao Sistema Único de Saúde (SUS). O
remédio de alto custo reduz as chances de reincidência da doença e diminui em
22% o risco de morte das pacientes.
De
acordo com a pasta, o medicamento é considerado um dos mais eficientes no
combate ao câncer de mama, e também um dos mais procurados. Em 2011, o governo
federal gastou R$ 4,9 milhões para atender a um total de 61 pedidos judiciais
que determinavam a oferta do remédio. Este ano, já foram gastos R$ 12,6 milhões
com a compra do Trastuzumabe por ação judicial.
Para
disponibilizar o remédio em unidades públicas de saúde, serão necessários R$
130 milhões ao ano. A incorporação foi aprovada pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias (Conitec) para o tratamento de câncer de mama
inicial e avançado e integra as ações do Plano Nacional de Prevenção,
Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado no ano
passado.
A
partir da publicação no Diário Oficial da União, o SUS tem prazo de 180 dias
para iniciar a oferta do medicamento.
Segundo
o ministério, o câncer de mama é o segundo tipo mais comum no mundo e o mais
frequente entre mulheres, com uma estimativa de mais de 1,15 milhão de novos
casos a cada ano. A doença é responsável ainda por 411.093 mortes anualmente.
No
Brasil, a estimativa é que 52.680 novos casos sejam detectados de 2012 a 2013.
Em 2010, foram notificadas 12.812 mortes por causa da doença no país.
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Cirurgia de mama conservadora: 20% das mulheres precisam de outra
Uma
em cada cinco mulheres com câncer de mama que optam por uma cirurgia
conservadora em vez de uma mastectomia requer uma segunda operação, de acordo
com um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista médica British Medical Journal.
O
câncer de mama pode ser combatido com uma tumorectomia, cirurgia na qual se
conserva a mama, ou com uma mastectomia, na qual há a extração de um ou dos
dois seios.
Metade
das mulheres diagnosticadas na Inglaterra opta pela primeira cirurgia, e,
delas, 20% necessitam passar pela sala de cirurgia em uma segunda oportunidade,
segundo este estudo do qual participaram 55.297 mulheres maiores de 16 anos que
foram operadas pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido entre 2005 e 2008.
A
cirurgia conservadora, em combinação com radioterapia, oferece índices de
sobrevivência similares aos da mastectomia, explicou David Cromwell,
pesquisador da London School of Hygiene and Tropical Medicine e autor principal
do artigo.
No
entanto, uma vez que alguns tumores são difíceis de detectar, a cirurgia
conservadora pode não ser suficiente, pelo que se torna necessária uma segunda
operação para suprimir totalmente o tecido cancerígeno.
Entre
as mulheres que necessitaram de uma segunda operação, 40% dos casos requereram
uma mastectomia.
O
estudo também concluiu que as mulheres mais velhas têm menos chance de precisar
de uma segunda cirurgia.
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