Anitha (A DE ANITHA),
minha querida amiga mineira, poeta madura, inspirada e talentosa (numa fase
linda e docemente criativa), me deu um merecido puxãozinho de orelha em
comentário recente aqui. É que, contrariamente ao que normalmente costumo
fazer, me ausentei aqui do blog assim, na maior, sem avisar. Ela tem razão e
aproveito para pedir-lhe desculpas e aos demais amigos que costumam participar,
validando, cada um a sua maneira, este espaço. Mas, permitam-me atenuar um
pouco minha culpa: quando viajei levei o laptop na mochila, como faço sempre
nos meus deslocamentos de trabalho ou de laser. E pensava poder atualizar as
postagens tipo hecho en Venezuela. Ledo engano.
Ficamos hospedados em
Margarita numa dessas casas de veraneio pertencentes a uma minoria de pessoas abastadas
que vivem em Caracas, dotada de todo o conforto necessário para se desfrutar de
um período de férias, mas sem a comodidade de uma conexão à internet. E a
julgar pelo que pudemos perceber em Margarita, a revolução demagógica de que
tanto falam na mídia não chegou a produzir os efeitos benéficos proporcionados
pela associação midiática da informática com a internet, que parece ainda não
se ter tornado uma realidade disseminada entre a maioria das pessoas no
cotidiano do País. E nada de centros comerciais dotados de rede wireless, nem nada de cybercafés. Fiquei ilhado.
Nem tanto quanto Cuba - um
pais estagnado na década de 50 - a Venezuela parece ainda mergulhada até o
pescoço naquela letargia cultural - onde se inclui a tecnologia que se
desenvolve dialeticamente - que insiste em se eternizar na maioria das
repúblicas aqui da América do Sul, em pleno século XXI. Imaginem, a primeira
vez que estive lá, em 2006, eles ainda estavam experimentando a febre da
chegada recente dos celulares entre eles. Nove, entre dez pessoas, andavam com
a cara enfiada em um celular!
Nem no grandioso e elegante Shopping
pertencente à rede nacional Sambil havia conexão disponível. Alias, como já destaquei
no post anterior, a ilha é tax free, permitindo
ao turista avisado encontrar marcas famosas como Ray-Ban, Victoria´s Secret, Liz Claiborne, Adidas, Nike,
Nintendo, PSP’s, BlackBerry, Diesel, L’Occitane, Tommy Hilfiger, Lacoste, Dolce & Vita, MNG, GSL,
Timberland, Levi´s, Apple, eletroeletrônicos, perfumes importados,
vestuário, acessórios para autos, entre uma infinidade de outros itens, a preços
de verdadeira zona franca. Na Av. 4 de Mayo,
nos Boulevards Guevara e Bolivar (os
chamados “paraguais”), em Porlamar, ou nos seus outlets
e nos Shoppings Centers Sambil (com destaque para a Joyeria botticelli) e La Vela.
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Como tem sido possível
observar, e contra minha vontade, não tenho podido atualizar o blog com a
frequencia diária com que costumava atualizar desde seu início. Isto, em consequência
de uma conjunção de fatores impeditivos, alguns imprevistos, alheios a minha
vontade. Mas creio que a partir da próxima semana as coisas poderão correr mais
tranquilas e poderei retomar meu eixo. Até lá, vou fazendo o que for possível. Algumas
fotos, abraço em todos e muita, muita saúde!